sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Novo salário mínimo, de R$ 465, entra em vigor neste domingo

Reajuste de 12% foi mantido apesar dos cortes no Orçamento.
Governo espera estimular consumo interno com aumento de R$ 50.
Fonte:G1

Entra em vigor no próximo domingo (1º) o novo salário mínimo, que passa de R$ 415 para R$ 465. O valor corresponde a um reajuste de 12% e terá reflexo no início de março, quando normalmente são pagos os salários de fevereiro.

O valor do novo mínimo havia sido negociado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as centrais sindicais em 2008 e foi confirmado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na terça-feira passada (27) durante o anúncio de corte provisório do Orçamento de 2009. O corte anunciado –o maior de ambos os mandatos do presidente Lula – foi de R$ 37,2 bilhões.

O reajuste será aplicado por meio de medida provisória. Além de atender aos sindicalistas, o governo pretende estimular o consumo com o aumento de R$ 50. Nesta sexta-feira (30), o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, dá entrevista coletiva para falar do reajuste.

Os reajustes do salário mínimo causam impacto a pelo menos 21 milhões de brasileiros, segundo o Ministério do Trabalho, usando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os aposentados e pensionistas, mais de seis milhões recebem pelo menos um salário mínimo mensal.

Lula anuncia construção de 1 milhão de casas até 2010

Presidente defendeu investimento público para combater a crise.
Ele voltou a propor que recursos do pré-sal sejam usados em educação.
Fonte: G1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (29) em discurso no Fórum Social Mundial, em Belém, que o governo federal vai lançar nos próximos dias um plano para a construção de um milhão de casas no Brasil até o ano que vem. Para o presidente, o investimento público é o caminho para superar a crise financeira internacional.

“Vamos anunciar nos próximos dias a construção de 500 mil casas em 2009 e mais 500 mil em 2010. O movimento da área de moradia vai ser chamado para discutir isso”, disse Lula.

A declaração foi feita para uma platéia favorável que recebeu o presidente com muitos aplausos e palavras de ordem. Além do programa de moradia, Lula destacou os investimentos da Petrobras de R$ 174 bilhões até 2013 e destacou a necessidade de maior participação do estado na economia.

"Se nas crises passadas tinha que fazer ajuste fiscal, nesta crise é hora de investir, de construir, de colocar dinheiro no que for produzir”, afirmou o presidente brasileiro.

Pré-sal

Ainda sobre a questão do petróleo, Lula voltou a defender que os recursos da exploração das reservas da camada pré-sal tenham como destino investimentos em educação e combate à pobreza. “Aqui no Brasil, a Petrobras descobriu muito petróleo, mas não queremos que a Petrobras vire uma grande exportadora apenas, queremos que parte deste petróleo resolva o problema da educação e da pobreza neste país”.

Lula participou de um evento no Centro de Convenções do Hangar com os presidentes Hugo Chavez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai) e Rafael Correa (Equador).

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

BNDES bate recorde em 2008, mas reduz projeção de investimentos até 2012

Previsão de investimentos nos próximos anos caiu 13%.
Mesmo assim, desembolso de 2009 deve superar o do ano passado.
Fonte: G1

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social informou nesta quinta-feira (29) que seus desembolsos - liberações de financiamentos - cresceram 42% em 2008, na comparação com 2007, atingindo o valor recorde de R$ 92,2 bilhões. O BNDES é um banco estatal de fomento, que libera dinheiro a empresas a juros subsidiados.

“O desempenho em 2008 foi muito bom. O banco expandiu 42% o seu desembolso, as consultas continuaram crescendo. O banco se esforçou muito. A partir do agravamento da crise, acelerou o desempenho para poder responder e ajudar a economia brasileira”, disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que considerou "moderados" os efeitos da crise internacional, sentida a partir do quarto trimestre.

Os desembolsos do BNDES no 4º trimestre do ano passado somaram R$ 30,8 bilhões, com crescimento de 34%.

Ajuste na produção

Os números refletem, conforme o banco, a realidade econômica brasileira do ano passado - as projeções de crescimento para o país em 2008 encontram-se na ordem de 5%, número que deve ser bastante reduzido neste ano (de acordo com o Fundo Monetário Internacional, o Brasil deve crescer 1,8% em 2009).

"Não há dúvida que em determinados setores há um ajuste de processo de produção, a demanda caiu, estamos em meio um ajuste. O que nós estamos aqui é buscando encontrar formas de abreviar esses ajustes, minimizar os efeitos negativos desse ajuste sobre o emprego, de maneira que a economia brasileira possa voltar a ter mais previsibilidade quanto ao seu potencial de crescimento", disse Coutinho.

Redução

As perspectivas de investimentos do banco para o período entre 2009 e 2012, foram reduzidas - as projeções iniciais, feitas em agosto, foram revistas para baixo em dezembro. Com isso, o valor previsto para as liberações totais no período caíram de R$ 1,5 trilhão para R$ 1,3 trilhão, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (29). Para Coutinho, no entanto, a redução nos planos de investimento é considerada pequena se comparada às estimativas do mercado.

"Não houve uma contração significativa dos planos de investimento. Houve uma desaceleração, mas a taxa continua positiva”, disse Coutinho.

De acordo com o presidente do BNDES, os efeitos da crise se manifestaram de maneira mais intensa no setor de insumos básicos, que compreendem as commodities (produtos básicos com cotação internacional, como ferro, aço e alimentos) exportáveis do Brasil. A forte retração do mercado internacional afetou os planos de investimento do setor.

Nem todos os projetos, no entanto, foram cancelados. Segundo Coutinho, há confirmações e adiamentos de projetos nas áreas de siderurgia, celulose e papel e petroquímica.

Investimentos na Petrobras não são afetados

Na indústria, a previsão de crescimento de investimento anual – no período entre 2009 e 2012 - caiu de 14% para 9,8%. O total de investimentos previstos agora nesse intervalo é de R$ 450,1 bilhões. No setor de infra-estrutura, a previsão de investimentos previstos caiu de R$ 340 bilhões para R$ 319 bilhões. No setor de construção residencial, os valores passaram de R$ 570 bilhões para R$ 535 bilhões.

A redução na previsão dos investimentos, no entanto, não afeta a Petrobras, segundo o presidente do BNDES. Dos R$ 317,7 bilhões previstos para serem investidos entre 2009 e 2012 no setor de intensivos em recursos naturais, 80% destinam-se à estatal.

"No caso da Petrobras, não houve redução. Houve confirmação e até expansão do investimento programado".

Desembolsos de R$ 120,8 bi em 2009

Apesar do corte no período fechado, os desembolsos de até R$ 120,8 bilhões previstos para 2009 e de R$ 136,2 bilhões estimados para 2010 representarão novo recorde para a instituição. Segundo Coutinho, esse resultado dependerá de como o mercado privado reagirá à crise, aliviando ou não o papel do BNDES na economia.

Para a área de infra-estrutura, a expectativa é que os desembolsos dobrem entre 2008 e 2010. Na área social, a estimativa é de que o aumento nesse período fique em 109%, incluindo novos desembolsos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas áreas de transporte e saneamento. Já para o setor de exportação – diretamente afetado pela crise financeira mundial – a expectativa é de que haja uma queda de 8% dos desembolsos no período.

IGP-M tem deflação mais acentuada desde 2005

Indicador que reajusta aluguéis ficou em -0,44% em janeiro.
Deflação foi impulsionada pela queda dos preços no atacado.
Fonte: G1

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) fechou o mês de janeiro com deflação de 0,44%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é a menor desde setembro de 2005, quando ficou negativa em 0,53%. O IGP-M é usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel.

A deflação do indicador também a segunda mensal consecutiva. Em dezembro, havia ficado em –0,13%.

O impulso para o recuo do IGP-M veio dos preços por atacado, que recuaram, em média, 0,95% no período. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,42%. No corte por origem, a queda veio dos produtos industriais, que ficaram 1,48% mais baratos, depois de registrarem queda de 0,48% no mês anterior. Já os produtos agrícolas subiram 0,55%, seguindo uma deflação de 0,28% em dezembro.

No corte por estágios da produção, o índice relativo aos bens finais variou -0,44%, em janeiro. Em dezembro, este grupo de produtos mostrou variação de -0,41%. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo veículos e acessórios, cuja taxa de variação baixou de -0,93% para -6,45%.

Preços ao consumidor sobem

Mesmo com o recuo do IGP-M, os preços ao consumidor tiveram alta em janeiro. Um dos componentes do indicador, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve variação de 0,75%, em janeiro. No mês anterior, a variação havia sido de 0,58%.

A principal contribuição de alta veio do grupo educação, cuja taxa passou de 0,40% para 2,30%, puxada pelo item cursos formais, com alta de 3,67%. também tiveram alta as taxas dos grupos alimentação (de 0,82% para 0,96%), transportes (de 0,50% para 0,85%) e despesas diversas (de 0,22% para 0,36%).

Em contrapartida, os grupos habitação (de 0,45% para 0,30%), vestuário (de 0,58% para 0,22%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,71% para 0,49%) registraram decréscimos em suas taxas de variação.

Construção

Terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em janeiro, variação de 0,26%, acima do resultado do mês anterior, de 0,22%. Os grupos serviços e mão-de-obra apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, que passaram de 0,75% para 1,02% e de 0,03% para 0,17%, respectivamente. O grupo Materiais apresentou redução em sua taxa de variação, de 0,31% para 0,20%.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Dados parciais mostram queda de 3% a 5% na venda de veículos em janeiro

Segundo presidente da Anfavea, dados são de vendas até o dia 25.
Segundo ele, ainda falta contabilizar movimento do fim do mês.
Fonte: G1

O presidente da Associação de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Scheneider, informou nesta terça-feira (27) que, dados parciais do mês de janeiro, contabilizados até o dia 25, mostram queda de 3% a 5% na venda de veículos contra o mesmo mês de 2008, quando 210 mil veículos foram vendidos.

Segundo ele, as vendas deste mês deverão ficar próximas àquelas registradas em dezembro do ano passado -de 196 mil unidades. Scheneider avaliou, porém, que ainda falta contabilizar as vendas a serem realizadas no fim deste mês, quando geralmente cresce o volume de veículos comerciais vendidos.

Redução do IPI

"Em dezembro, a queda do IPI para os veículos [anunciada em conjunto com redução do Imposto de Renda para a classe média] teve pouca repercussão nas vendas. Em janeiro, deve ter um impacto maior. A queda do IPI foi muito boa, mas ainda não chegamos ao ritmo de vendas dos meses de agosto e setembro, em torno de 240 mil carros por mês", disse Scheneider, após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O presidente da Anfavea negou, porém, que tenha tratado com Mantega da prorrogação do IPI reduzido, que, formalmente, vai até o fim de março. "Falamos sobre a conjuntura, fizemos o acompanhamento dos dados do setor e, também, sobre os efeitos da redução do imposto", afirmou.

Acrescentou, entretanto, que a redução do IPI anunciada pelo governo federal impediu, de "maneira contundente", que a redução de vendas registrada em novembro do ano passado se mantivesse nos meses subsequentes.

Empregos

Ao ser questionado sobre a manutenção dos empregos, o presidente da Anfavea informou que isso depende de cada empresa. Ele lembrou que já estão sendo feitas negociações, previstas em lei, para diminuir o ritmo de produção e ajustá-la à crise financeira. "Algumas empresas estão optando pela suspensão do contrato de trabalho, outras pelo banco de horas e algumas pelas férias coletivas", disse.

Estoques

Jackson Scheneider informou ainda que os estoques nos pátios das montadoras e revendedoras, que chegaram ao pico de 300 mil veículos no início de dezembro, já teve uma queda "significativa" em janeiro por conta dos anúncios de férias coletivas.

Ele não soube precisar quantos veículos estariam ainda no estoque. Entretanto, informou que já houve uma queda de 56 dias de estoque para 36 dias, sendo o volume normal entre 26 e 28 dias. "Espero chegar a 28 dias no início de fevereiro, o que não significa que isso vai aumentar o mercado", disse ele.

Arrecadação de impostos federais e previdência bate recorde em 2008

Foram arrecadados R$ 701,4 bilhões, valor corrigido pelo IPCA.
Recolhimento subiu 7,68% em termos reais frente a 2007.
Fonte: G1

Dados divulgados nesta terça-feira (27) apontam que o governo federal arrecadou R$ 685,675 bilhões no ano passado com impostos, contribuições federais e contribuições previdenciárias.

Corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o valor chega a R$ 701,403 bilhões. O total arrecadado em 2008 foi 7,68% maior que no ano anterior, quando atingiu R$ 651,371 bilhões. A previsão de arrecadação para o ano, segundo o secretário-adjunto Otacílio Cartaxo, era em torno de R$ 640 bilhões. O recorde de arrecadação foi obtido mesmo com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) e a queda no ritmo de crescimento da arrecadação no final do ano.

Em dezembro, a arrecadação foi de R$ 66,229 bilhões, valor 20,67% maior que o registrado em novembro, quando houve queda mensal na arrecadação.

As receitas administradas pela Receita Federal fecharam o ano em R$ 660,201 bilhões, com um crescimento real de 68,1%. As demais receitas somaram R$ 25,474 bilhões, com um crescimento real de 36,50%.

Bancos não repassam toda queda de juros e spread é o maior desde 2003

Em dezembro, taxa de captação dos bancos caiu 1,3 ponto percentual.
Spread bancário sobe 0,5 pp em dezembro e é o maior desde 2003.
Fonte: G1

As instituições financeiras não repassaram, em dezembro, a queda que obtiveram em seu custo de captação e, com isso, subiu ainda mais o nível do "spread" bancário (diferença entre os juros pagos e aqueles cobrados de seus clientes), segundo números divulgados nesta terça-feira (27) o Banco Central.

Em dezembro, a taxa de captação dos bancos, isto é, quanto pagam pelos recursos captados no mercado, caiu de 13,9% ao ano para 12,6% ao ano, ou seja, 1,3 ponto percentual.

No mesmo período, a taxa de juros média das suas operações de crédito menos: 0,8 ponto percentual. Com isso, o spread bancário avançou de 30,1 pontos percentuais, em novembro, para 30,6 pontos percentuais em dezembro - o maior valor desde agosto de 2003 (31,2 pontos percentuais).

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tem reclamado do nível do spread bancário. Segundo ele, não adianta reduzir os juros, como foi feito neste mês, se os bancos não acompanharem este movimento e reduzirem o spread bancário.

Em dezembro do ano passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou redução do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para as operações dos bancos com pessoas físicas. Naquele momento, ele informou que esperava uma queda do spread bancário por conta disso - que não aconteceu, segundo o BC.

Em todo o ano de 2008, ainda segundo dados da autoridade monetária, a taxa de captação dos bancos subiu 1,1 ponto percentual. No mesmo período, o spread bancário quase oito vezes este valor: 8,3 pontos percentuais.

O spread bancário é formado pelo lucro dos bancos, pela cunha fiscal (tributos) e pela taxa de inadimplência, entre outros.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Reforço de R$ 100 bilhões ao BNDES vai ajudar país a enfrentar crise, diz Lula

Segunde presidente, verba vai ajudar projetos da Petrobras com pré-sal.
Lula defendeu que banco priorize projetos ligados a geração de emprego.
Fonte: G1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (26), durante o programa semanal de rádio “Café com o presidente”, que o reforço de R$ 100 bilhões ao caixa do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciado na semana passada, vai incentivar novos investimentos, evitando que a crise financeira global tenha maior gravidade no Brasil.

“A medida que nós tomamos agora é extremamente importante porque nós estamos reforçando o caixa do BNDES com R$ 100 bilhões para que o BNDES possa não apenas incentivar novos investimentos no setor produtivo, mas possa, inclusive, ajudar nos grandes projetos que a Petrobras tem aqui no Brasil com o pré-sal”, disse o presidente.

Lula voltou a afirmar que nenhum “grande projeto brasileiro” em andamento será paralisado por conta da crise e disse que a estatal, que “há 20 anos não fazia uma refinaria”, manterá as obras em quatro estados: Pernambuco, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte.

Nesta segunda, a Petrobras dará novos esclarecimentos sobre o plano de negócios anunciado na última sexta (23), que prevê investimentos de US$ 174,4 bilhões ao longo dos próximos cinco anos.

“Eu acho que o Brasil está preparado e precisa sair fortalecido dessa crise. Eu volto a repetir aquilo que eu tenho dito desde o ano passado: essa crise tem que ser vista como uma grande oportunidade para o Brasil mudar de patamar quando essa crise acabar”, disse Lula.

Empregos

O presidente também defendeu que os empréstimos concedidos pelo BNDES e outros bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNB (Banco do Nordeste) e Basa (Banco da Amazônia) estejam voltados a projetos a geração de emprego.

“Vamos cuidar para que os empréstimos dos bancos públicos, [...] quando eles fizerem os empréstimos ou crédito que isso esteja ligado a geração de postos de trabalho porque é o que conta para a distribuição de riqueza e para a melhoria de vida das pessoas” disse.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Empréstimos do BNDES atingem R$ 90 bilhões em 2008

Valor supera previsão inicial da instituição.
Desembolsos permitiram investimentos de R$ 167 bilhões.
Fonte: G1

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2008 foram de R$ 90,87 bilhões, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (23) pela instituição.

O valor supera a previsão inicial do banco para o ano passado, de R$ 80 bilhões, mas fica um pouco abaixo da projeção de R$ 91,5 bilhões feita pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, no início de dezembro. Mas é quase o dobro da média anual de liberações do banco de 2003 ao ano passado, que foi de R$ 45,9 bilhões, e supera em muito o total de 2007, que foi de R$ 64,892 bilhões.

Investimentos

Os desembolsos realizados pelo banco estatal permitiram investimentos de aproximadamente R$ 167,7 bilhões em 2008. As contrapartidas dos investidores apoiados foram de R$ 76,8 bilhões.

Dentre os investimentos totais, os fixos adquiridos no País foram de R$ 104,4 bilhões e possibilitaram a geração ou manutenção de 2,8 milhões de empregos em 2008. Não se considerou no cálculo dos empregos, feito pelos economistas do BNDES, as operações de refinanciamento ou reestruturação societária, participações acionárias, aquisição de equipamentos importados e financiamento das exportações.

Foi a primeira vez que a quantidade de empregos gerada ou mantida por projetos apoiados pelo BNDES superou a marca de 2 milhões. Foi também obtida no ano passado a relação de 27,4 empregos para cada R$ 1 milhão em investimento fixo, a mais alta relação de geração de empregos por investimento fixo desde o início da série estudada por economistas do BNDES, em 2003.

A segunda maior relação foi em 2003, de 24,4 empregos por R$ 1 milhão. O aumento decorreu de uma maior participação de setores com efeito multiplicador em empregos indiretos nos desembolsos do banco.

Empregos

Segundo o BNDES, as empresas financiadas pelo banco geram mais postos de trabalho do que as demais no longo prazo. A instituição cita que há um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em fase de conclusão, mostrando que as companhias que obtiveram empréstimos no BNDES empregaram, no terceiro ano após o financiamento, 28% mais trabalhadores do que as que não obtiveram crédito da instituição.

Outra conclusão, diz a nota do BNDES, é que as empresas apoiadas também se tornaram mais produtivas e "no terceiro ano após a concessão de crédito, a produtividade daquelas empresas era 36% superior a das não financiadas pelo banco".

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Desemprego fecha ano com menor taxa desde 2002

Taxa de desemprego recuou para 6,8% em dezembro de 2008.
População ocupada, no entanto, ficou estável, segundo o IBGE.
Fonte: G1

Apesar da crise, a taxa de desemprego no país recuou para 6,8% em dezembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a menor desde o início da Pesquisa Mensal de Emprego e Desemprego, em 2002.

Foto: Editoria de Arte/G1

A taxa de dezembro representa um recuo de 0,8 ponto percentual em relação ao mês anterior, e de 0,6 ponto frente a dezembro de 2007, quando ficou em 7,4% - a menor taxa para um mês de dezembro até então.

Na média anual, a taxa de desemprego de 2008 foi estimada em 7,9%, também a menor na série histórica do IBGE.

Apesar da taxa menor, os dados do IBGE não contradizem os do Ministério do Trabalho, que apontou perda de 654 mil empregos formais em dezembro: segundo a pesquisa divulgada nesta quinta, o número de empregados com carteira assinada no setor privado diminuiu 0,4% no mês.

Na ponta contrária, o número de empregados sem carteira assinada cresceu 0,5%, enquanto o de trabalhadores por conta própria teve alta de 0,4% em dezembro.

População ocupada

Em dezembro, a população ocupada (22,1 milhões) nas seis regiões ficou estável em relação ao mês anterior, mas cresceu 3,4% (cerca de 734 mil postos de trabalho) em relação a dezembro de 2007.

Já o número de trabalhadores com carteira assinada ficou em 10 milhões, sem variação significativa frente a novembro. O número, no entanto, representa alta de 7,2% em relação a dezembro de 2007.

A população desocupada, por sua vez, caiu 11,0% em relação a novembro e 6,3% na comparação anual, para 1,6 milhão.

Foto: Editoria de Arte/G1

Rendimento

Nas seis regiões pesquisadas pelo IBGE, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores foi de R$ 1.284,90, 0,5% maior que em novembro. O valor também representa alta de 3,6% frente a dezembro de 2007.

A pesquisa do IBGE também mostra que a massa de rendimento real efetivo da população ocupada foi estimada em R$ 30,5 bilhões em novembro (com base na Pesquisa Mensal de Emprego de dezembro de 2008) nas seis regiões metropolitanas, com alta de 7,7% frente a outubro e de 8,3% frente a novembro de 2007.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Com piora da crise, Copom faz o maior corte de juros em cinco anos

BC decidiu nesta quarta cortar juros em 1 ponto, para 12,75% ao ano.
Decisão superou expectativa da maior parte dos analistas do mercado.
Fonte: G1

Com a inflação sob controle, e por causa da crise financeira internacional e seus impactos na economia brasileira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou pela agressividade e anunciou, nesta quarta-feira (21), uma redução de um ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira, para 12,75% ao ano.

Até o momento, os juros estavam em 13,75% ao ano. A decisão, porém, não foi unânime. Três diretores do BC queriam um corte menor: de 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano.

Foto: Editoria de Arte / G1

Segundo dados do Banco Central, os juros não eram reduzidos desde setembro de 2007. Ao mesmo tempo, o corte de um ponto percentual é o maior desde dezembro de 2003, quando a taxa Selic recuou de 17,50% para 16,50% ao ano. O Copom informou, entretanto, que o corte desta quarta-feira representa "parte relevante" do movimento na taxa de juros.

Mesmo com o corte acima da expectativa do mercado, a decisão ainda não retirou o Brasil da liderança no ranking mundial dos juros reais (calculados após o abatimento da inflação). Para que isso acontecesse, seria necessária uma redução de três pontos percentuais, para 10,75% ao ano, na taxa Selic.

A decisão do Copom de reduzir a taxa de juros em um ponto percentual, para 12,75% ao ano, surpreendeu a maior parte dos analistas do mercado financeiro. Nesta segunda-feira (19), o BC informou que, pesquisa realizada na semana passada, apontava para um corte menor: de 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Entretanto, após o anúncio de que 654 mil postos de trabalho com carteira assinada foram fechados em dezembro, o pior resultado dos últimos dez anos, os analistas passaram a estimar um corte um pouco mais intenso nos juros: de 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano.

Ao fim da reunião, o Copom divulgou a seguinte frase: "Avaliando as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, neste momento, reduzir a taxa Selic para 12,75% ao ano, sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,75 ponto percentual. Com isso, o Comitê inicia o processo de flexibilização da política monetária realizando de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros, sem prejuízo para o cumprimento da meta de inflação".

Metas de inflação

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o Copom tem de calibrar a taxa de juros para atingir uma meta pré-determinada com base no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Ao subir os juros, atua para conter a inflação e, ao baixá-los, avalia que a inflação está condizente com as metas.

Para este ano, e para 2010, a meta central de inflação é de 4,50%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Para 2009, a projeção do mercado financeiro, que estava em 5,20% no mês passado, já caiu para 4,80%. Ainda está acima da meta central, mas a tendência, segundo economistas, continua sendo de queda por conta atividade econômica desaquecida.

Na última quinta-feira (15), a FGV informou que o IGP-10 apresentou deflação de 0,85%, a menor registrada desde o início da série histórica, em 1993. O IGP-M, por sua vez, teve deflação de 0,58% na segunda prévia de janeiro.

Fatores avaliados pelo BC

Ao tomar suas decisões, o Copom tenta antever os fatores que podem pressionar a inflação para cima, e para baixo, no futuro. As decisões sobre a taxa de juros demoram em média seis meses para ter impacto pleno na economia.

Como reflexo da crise financeira internacional, os economistas passaram a projetar um crescimento menor para a economia brasileira no próximo ano. Antes, previam um crescimento de 3,5% e, agora, já estimam uma expansão de 2%. O governo, que antes previa 5% de aumento do PIB em 2009, já fala em uma meta, e não estimativa, de até 4% de crescimento.

Com um crescimento econômico mais baixo, haverá certamente uma pressão menor sobre a inflação e uma elevação menor do crédito. Outro fator que atua para conter a subida da inflação é o recuo dos preços das "commodities" (alimentos, aço e petróleo, entre outros) - que estão em queda livre desde a piora da crise devido à expectativa de consumo menor. Em novembro, o IPCA recuou para 0,36%.

Por outro lado, a crise financeira também tem causado a disparada do dólar - o que contribui, em tese, para pressionar os preços. Desde o início de setembro, a moeda americana avançou cerca de 32% - visto que estava em R$ 1,78. Nesta quarta-feira, oscilava ao redor de R$ 2,35. Com o dólar mais caro, aumenta também o valor dos insumos e matérias-primas importados para a produção nacional.

Ministério da Justiça multa bancos em R$ 2,8 mi por publicidade enganosa

Bancos não teriam informado sobre riscos em fundos de renda fixa.
Instituições têm dez dias para apresentar defesa à SDE.
Fonte: G1

O Ministério da Justiça informou nesta quarta-feira (21) que multou quatro bancos por publicidade enganosa. Segundo o Ministério, as instituições violaram o Código de Defesa do Consumidor (CDC) ao não informar devidamente os consumidores sobre a existência de riscos na oferta de fundos de investimento de renda fixa.

Foram aplicadas quatro multas, à Caixa Econômica Federal, ao Banespa S.A., à ABN Amro e à BB Administradora. Somadas, as penalidades chegam a R$ 2,8 milhões.

De acordo com o Ministério, o principal problema nos casos encontrava-se na fase pré-contratual. "Muitos clientes acreditavam estar investindo em um fundo que não oferecia a possibilidade de perdas. De acordo com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), os bancos não ofereciam a orientações claras e objetivas a respeito do funcionamento do fundo", diz a nota.

As empresas foram intimadas e têm dez dias pra apresentar defesa à Secretaria de Direito Econômico (SDE).

Procurado pelo G1, o Banco do Brasil informou que ainda não se inteirou da decisão, mas que vai analisá-la para depois se pronunciar. A Caixa Econômica Federal também afirmou não ter sido notificada oficialmente. As demais instituições financeiras não se pronunciaram sobre o assunto.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Bancos reduzem taxas de juros em janeiro, diz Procon

Média do empréstimo pessoal caiu de 6,25% para 6,01%.
Taxa do cheque especial passou de 9,33% para 9,25%.
Fonte: G1

Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo apontou queda na média das taxas de juros do empréstimo pessoal e do cheque especial para pessoa física em janeiro na comparação com dezembro de 2008.

Foram pesquisadas dez instituições: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco. A pesquisa foi realizada no dia 12 de janeiro.

A taxa média do empréstimo pessoal entre os bancos pesquisados foi de 6,01% neste mês, contra 6,25% em dezembro. Segundo as pesquisas do Procon, a taxa média do empréstimo pessoal não tinha queda desde outubro de 2007.

No caso do cheque especial, a média caiu de 9,33% no mês anterior para 9,25% em janeiro. Em novembro e dezembro, a taxa havia subido. A última queda havia sido verificada em outubro de 2008.

Veja as taxas de juros dos bancos pesquisados em janeiro:


Bancos

Empréstimo pessoal (ao mês) Cheque especial (ao mês)
Banco do Brasil 4,99% 7,99%
Bradesco 5,99% 8,64%
Caixa Econômica Federal 4,44% 7,49%
HSBC 4,62% 9,65%
Itaú 7,09% 8,95%
Nossa Caixa 4,90% 8,80%
Real 7,45% 9,85%
Safra 6,90% 12,30%
Santander 6,69% 9,85%
Unibanco 6,99% 8,99%

Fonte: Procon-SP

Segundo o Procon, no caso do empréstimo pessoal, houve redução da taxa no Banco do Brasil (6,50% para 4,99%), Banco Real (de 8,15% para 7,45%), HSBC (de 4,83% para 4,62%) e Caixa Econômica Federal (de 4,49% para 4,44%). Os demais bancos mantiveram suas taxas.

Houve redução nas taxas de cheque especial no Banco do Brasil (de 8,62% para 7,99%), Caixa (de 7,98% para 7,495). A única alta, de acordo com o Procon, foi na Nossa Caixa, onde a taxa passou de 8,50% para 8,80%.

Em janeiro, as menores taxas de empréstimo pessoal e de cheque especial foram da Caixa Econômica, com 4,44% e 7,49%, respectivamente. O maior custo no empréstimo pessoal foi verificado no Banco Real, com taxa de 7,45%. No caso dos juros cobrados pelo uso do cheque especial, o Procon apontou a maior taxa no Banco Safra, com 12,30%.

Segundo o Procon, “as taxas de juros continuam muito altas”. A fundação alerta que o consumidor “deve planejar seu orçamento com critério, priorizar o pagamento de dívidas e recorrer ao crédito somente em casos de real necessidade, utilizando o cheque especial somente em situações emergenciais e de curto prazo”.

Emprego industrial tem primeira queda em 31 meses, diz CNI

Informações divulgadas nesta terça referem-se ao mês de novembro.
Faturamento da indústria tem queda recorde de 9,9% no período.

Fonte: G1

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou nesta terça-feira (20), por meio dos indicadores industriais, que o emprego na indústria apresentou, no mês de novembro, quando a economia sentiu os efeitos da crise financeira internacional, a primeira queda em 31 meses.

A queda de outubro para novembro foi de 0,6% - a maior já registrada pela CNI desde o início da série histórica da entidade, em janeiro de 2004. No acumulado de janeiro a novembro, porém, o emprego avançou 4,2%.

"O emprego é a variável que responde às mudanças da atividade industrial com maior defasagem quando comparada às demais variáveis. Nesse sentido, esse resultado reflete com clareza a mudança no dinamismo da indústria", informou a CNI.

Na comparação com novembro de 2007, porém, o emprego ainda cresceu 2,9%. Entretanto, de acordo com a entidade, isso representa um cenário de desaceleração, uma vez que a taxa de expansão estava em 4,3% em setembro, e em 3,9% em outubro.

Queda disseminada

De acordo com a CNI, a queda no nível de emprego de outubro para novembro está disseminada em praticamente toda a indústria. Somente os setores de Outros Equipamentos de Transporte, com aumento de 1,7%, e Edição e Impressão (+0,1%) tiveram variação positiva em novembro.

Enquanto isso, os setores no qual o emprego caiu mais foram: Couros e Calçados (-3,6%), Vestuário (-3,3%), Têxteis (-2,2%), Borracha e Plástico (-2,2%), Veículos Automotores (-2,1%) e Máquinas e Equipamentos (-1,8%).

Faturamento

O faturamento da indústria também foi fortemente impactado pela crise financeira em novembro e recuou 9,9% - também o maior valor desde o início da série histórica, em janeiro de 2004. O pior resultado anterior havia sido registrado em agosto de 2008 (-6,7%).

"A queda da demanda com a crise internacional foi decisiva para o recuo deste indicador", informou a CNI. No acumulado deste ano, porém, o faturamento ainda está positivo. Subiu 6,4%, o que demonstra "arrefecimento", informou a Confederação Nacional da Indústria. Até outubro, a taxa de crescimento estava em 7,8%.

Uso do parque fabril

Os dados do nível de utilização da capacidade instalada da indústria, ou seja, o uso do parque fabril, também confirmam o cenário de desaceleração da economia brasileira. Em outubro, estava em 82,6%, recuando para 81,6% em novembro no indicador dessazonalizado.

"A indústria está usando menos o seu parque produtivo. As horas trabalhadas também recuaram [-1,5% em novembro], mostrando que a capacidade instalada estava em um patamar relativamente alto, mas estabilizado. Agora retrocede aos níveis de 2007", avaliou o chefe da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Segundo ele, há uma "acumulação forte de estoques."

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Brasil é segundo país mais atraente para investir em imóveis, diz pesquisa

País só fica atrás dos Estados Unidos em ranking da Afire.
Entre cidades, Washington tem preferência dos investidores.
Fonte: G1

O Brasil é o segundo mercado atraente para os investidores internacionais de imóveis, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo uma pesquisa realizada por uma associação norte-americana.

O levantamento foi feito pela Associação de Investidores Internacionais de Imóveis (Afire, na sigla em inglês) no quarto trimestre de 2008, com os cerca de 200 membros da entidade. Os participantes da pesquisa detêm cerca de US$ 1 trilhão em imóveis.

Com 16% dos votos, o Brasil subiu dez posições no ranking e tomou da China o segundo lugar na preferência dos investidores. A Grã-Bretanha também subiu significativamente no ranking, passando da nona para a quarta posição. Os EUA tiveram 37% dos votos, refletindo a confiança dos investidores no maior mercado do mundo, apesar da crise financeira.

Apesar da alta na preferência, o Brasil ainda não aparece na lista dos países que oferecem um ambiente mais estável e seguro aos investimentos em imóveis. Nessa lista, os EUA levaram 53% dos votos, com o segundo lugar dividido entre a Alemanha e a Suíça.

Entre as cidades, a capital federal dos Estados Unidos, Washington, tomou de Nova York o primeiro lugar na preferência dos investidores internacionais. Londres e NY aparecem na segunda e terceira posições, respectivamente, seguidas por Tóquio e Xangai.

Investimento

De acordo com a pesquisa da Afire, os estrangeiros planejam investir mais em 2009 do que em 2008. Frente às transações completadas até outubro de 2008, os planos são de investir 54% globalmente e 48% mais dentro dos Estados Unidos.

"Como esperam que fundamentos mais favoráveis aos investimentos retornem em 2009, nossos membros devem agir mais agressivamente nas aquisições", apontou, em comunicado, o presidente da Afire, C. MacLaine Kenan.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Planos de previdência perderam R$ 20 bilhões com crise, diz Abrapp

Resultado decorre da forte queda das bolsas de valores.
Fundos apresentaram, em média, rentabilidade negativa de 3% em 2008.
Fonte: G1

A crise financeira global fez o patrimônio dos fundos de pensão brasileiros encolher em cerca de R$ 20 bilhões em 2008, para aproximadamente R$ 415 bilhões. A estimativa é da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), uma vez que os dados oficiais só devem ser conhecidos daqui a dois meses. Segundo a instituição, o resultado decorre da forte queda das bolsas de valores.

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), principal termômetro do mercado acionário no Brasil, recuou mais de 41% em 2008. Mas muitos papéis tiveram perdas ainda maiores. A ação preferencial (PN) da Petrobras, por exemplo, uma das mais importantes da bolsa, caiu 46% no ano. O papel PNA da Vale, que também tem peso relevante, se desvalorizou 51,1%.

Isso significa que alguns fundos podem ter apurado quedas superiores à média. O contrário também é verdadeiro. Pela legislação, as fundações têm até o dia 15 de março para divulgar os resultados relativos ao exercício anterior. A Abrapp estima que os fundos apresentaram, em média, rentabilidade negativa de 3% no ano passado.

É a primeira vez que isso ocorre desde pelo menos 1995, último ano em que há estatísticas disponíveis sobre o rendimento médio do setor. Em 2007, o ganho médio foi de 25,9%, em 2006, de 23,5% e, em 2005, de 19,1%.

Os 369 fundos de pensão fechados do País têm aproximadamente 2 milhões de participantes. A Abrapp reúne 267, que detêm, juntos, quase 99% do patrimônio total. Entre os associados da entidade estão os três maiores: Previ (funcionários do Banco do Brasil), Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa Econômica Federal).

sábado, 10 de janeiro de 2009

Rendimento da Poupança é o 2º pior em 10 anos

Informações são de empresa de informações financeiras.
Valorização foi de 7,9% em 2008.
Fonte: G1

O rendimento da Caderneta de Poupança, a mais tradicional modalidade de investimento do Brasil, teve em 2008 o segundo pior desempenho dos últimos dez anos. Segundo dados da empresa de informações financeiras Economática, a valorização de 7,9% só perdeu para os 7,7% de 2007.

Descontada a inflação pelo indicador oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o investidor teve um ganho de apenas 1,89% em 2008. O número é o mais baixo desde 2004, quando o rendimento real foi de apenas 0,46%. O IPCA teve alta de 5,91% em 2008. “O poder aquisitivo do poupador no ano de 2008 caiu pelo segundo ano consecutivo”, avaliou a Economática.

De acordo com a consultoria, um poupador que, no fim do ano de 2007, depositou R$ 1 mil, ganhou apenas R$ 79 até dezembro do ano passado. Ao mesmo tempo, uma cesta básica de mesmo valor teve valorização de R$ 59,10. Isso significou um ganho de R$ 19 para o poupador. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Em 2008, poupança teve segundo pior rendimento em 10 anos, diz consultoria

Rentabilidade de 7,9% só ganhou dos 7,7% de 2007.
Descontada a inflação, rendimento foi o pior em quatro anos.
Fonte: G1

A poupança teve em 2008 seu segundo pior rendimento em dez anos, de acordo com estudo divulgado nesta sexta-feira (9) pela consultoria Economatica.

Segundo o trabalho da empresa, a rentabilidade anual da aplicação no ano passado ficou em 7,9%, superior apenas aos 7,7% que haviam sido registrados em 2007. No período de dez anos analisado pela empresa, o ano onde a poupança teve melhor resultado foi em 1999, com retorno anual de 12,7%.

Arte G1/arte

Inflação descontada

Quando se desconta do resultado a inflação oficial de 2008 – 5,9%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, o quadro muda de figura. Levando em consideração esse critério, o ganho real da poupança foi de 1,8% em 2008, o pior em quatro anos, desde os 0,4% anuais de 2006.
Segundo o levantamento da Economatica, dentro do período de dez anos o pior rendimento com desconto da inflação foi em 2002, quando a aplicação perdeu 2,9% de valor. Já a melhor rentabilidade foi apurada para o ano de 2006, quando a poupança teve rendimento anual de 5,1%.

Banco do Brasil compra parte do banco Votorantim por R$ 4,2 bilhões

A conclusão da operação depende da aprovação do Banco Central.
Financeira do Votorantim é uma das maiores em financiamento de autos.
Fonte: G1

O Banco do Brasil fechou compra de parte do Banco Votorantim nesta sexta-feira (9). Pelo acordo, o BB terá 49,99% do capital votante da instituição e 50% do capital social.

A conclusão da operação ainda depende da aprovação do Banco Central do Brasil e demais autoridades.

Em nota, o Banco do Brasil aponta que a operação tem como objetivo "fortalecer sua atuação no financiamento a veículos, mercado em que o Banco Votorantim atua com destacada especialização e rápido crescimento".

O Votorantim é o sétimo maior banco do país, com R$ 81, 3 bilhões em ativos. Com a operação, os ativos do Banco do Brasil passarão a somar R$ 553,3 bilhões – volume ainda menor que os R$ 575 bilhões do Itaú-Unibanco.

O banco também conta com o braço financeiro BV Financeira e BV Leasing, um dos líderes em financiamento e leasing de carros no país. Entre os objetivos da compra do Votorantim pelo Banco do Brasil está a possibilidade de ganhar espaço no financiamento de autos.

Operação

Consta do negócio a compra de mais de 33 bilhões de ações ordinárias do banco, por R$ 3 bilhões, e de mais de 7 bilhões de ações preferenciais, por R$ 1,2 bilhão.

De acordo com o fato relevante divulgado ao mercado, o valor da operação "foi calculado com base em avaliação econômico-financeira elaborada por consultores contratados pelo Banco do Brasil".

Também de acordo com o comunicado, "o preço pela aquisição poderá sofrer ajuste em decorrência de eventuais contigências relativas ao período anterior à conclusão da operação".

Negativa na véspera

Na quinta-feira, o presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto, chegou a negar que a instituição financeira estivesse negociando a compra do banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes. "Não existe nenhuma negociação", se limitou a dizer Lima Neto ao chegar no Ministério da Fazenda para reunião com o ministro Guido Mantega.

O BB perdeu no início de novembro o posto de maior banco do país após a fusão do Itaú com o Unibanco. Em seguida, tanto o ministro Guido Mantega, quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicaram que gostariam que o BB se refizesse e retomasse a liderança do sistema financeiro nacional. Logo após, a instituição anunciou um acordo com o governo de São Paulo para a compra da Nossa Caixa.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Caixa confirma R$ 3 bilhões para construtoras com recursos do FGTS

Autorização está contida em circular publicada no DO desta quinta.
Empresas terão de usar recursos, obrigatoriamente, para habitação.
Fonte: G1

A Caixa Econômica Federal publicou nesta quinta-feira (8), no Diário Oficial da União, circular na qual confirma que será o agente do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para emprestar R$ 3 bilhões às construtoras neste ano.

A operação, que já havia sido aprovada pelo Conselho Curador do FGTS em dezembro de 2008, é a primeira desta natureza. Os recursos devem ser aplicados pelas empresas, obrigatoriamente, na construção de unidades residenciais que sejam enquadradas na legislação do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

Essa medida já estava sendo estudada há algum tempo, antes da piora da crise financeira. Mas, com a crise, a gente está vendo os bancos se retraírem um pouco e a medida ganhou importância. Esses recursos devem viabilizar a construção de 50 a 60 mil unidades. A gente está com uma expectativa boa. Esperamos emprestar tudo neste ano e pedir mais [para o Conselho Curador do FGTS]", disse o vice-presidente de Ativos de Terceiros da Caixa, Bolívar Tarragó Moura Neto. Segundo ele, a demanda pelos recursos, até o momento, já está próxima de R$ 1 bilhão.

Formato das operações

Segundo a instituição, os recursos poderão ser utilizados na aquisição de cotas de Fundos de Investimento Imobiliário (FII), de cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), de debêntures e de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) que possuam lastro em operações de habitação.

Essas cotas, debêntures ou certificados podem ser lançados por incorporadoras, empresas da construção civil, Sociedades de Propósito Específico (SPE), cooperativas habitacionais ou entidades afins e serão adquiridos por meio de um Fundo de Investimento Imobiliário da Caixa Econômica Federal. A Caixa poderá financiar, com recursos do FGTS, até 80% de cada empreendimento.

A instituição informa ainda que os agentes financeiros atuarão na estruturação dos fundos e papéis para seu lançamento no mercado, e para posterior aquisição pela Caixa, e, também, no financiamento das unidades habitacionais aos mutuários finais.

Taxa de juros

A taxa mínima de juros nas operações, segundo a circular da Caixa, será de 7% ao ano, mais a taxa de atualização monetária aplicável às contas vinculadas do FGTS. Para os empreendimentos que não são classificados como habitação popular, a taxa mínima de juros será de 9% ao ano mais a atualização monetária. Segundo Bolívar Tarragó, vice-presidente da Caixa Econômica Federal, os juros mais baixos para habitações populares beneficiam os empreendimentos voltados para a baixa renda.

Risco de crédito e garantias

Para operacionalizar os empréstimos com recursos do FGTS, a Caixa informou que serão aceitos somente investimentos que apresentem classificação de risco de crédito entre "AAA" e "C", ou seja, com baixo risco de calote.

"As garantias são as previstas na legislação do FGTS e outras, tais como o penhor dos direitos creditórios, alienação das cotas da SPE e aval da emissora, observadas as características de cada operação", acrescenta.

Consumidores poderão trocar de planos de saúde sem perder as vantagens

Empresas terão até 90 dias para se adaptar a regra da portabilidade.
Medida vale para plano individual e para quem assinou contrato após 1999.
Fonte: G1

Os planos de saúde vão adotar em janeiro a "portabilidade", que permite que os consumidores troquem de plano sem perder os direitos. De acordo com a assessoria de comunicação da Agência Nacional de Saúde (ANS), a medida deverá ser publicada no Diário Oficial até o dia 16 de janeiro. Os planos de saúde terão até 90 dias para se adaptar à nova medida.

Os serviços de defesa do consumidor dizem que são constantes as reclamações contra os planos de saúde.

“O tipo de reclamação que mais chega tem a ver com mudança de faixa etária, que altera o valor das mensalidades. Isso assusta os consumidores”, diz José Teixeira Fernandes, responsável por Direitos do Consumidor-Procon.

A professora Sônia Gaspar fez há oito anos um plano para a família. Mas não ficou satisfeita com o serviço quando precisou. “Estou vendo a possibilidade de troca, sem carência ou aumento das mensalidades”, afirma a professora.

Regra só é válida para contratos assinados após 1999

De acordo com estimativas da ANS, 40 milhões de brasileiros têm algum tipo de plano de saúde particular. As novas regras da portabilidade são para quem tem plano individual e que assinou contrato depois de 1999. Os planos de data anterior são muito diferentes entre si. Segundo as contas da própria Agência Nacional de Saúde, cerca de seis milhões de pessoas poderão ser beneficiadas.

Para se adaptar às novas regras, as 20 mil empresas do setor terão até abril, quando a troca de empresas passa a ser livre. Uma cartilha na internet trará todas as informações. A promessa é de que ela será constantemente atualizada.

Planos Coletivos estão fora da portabilidade

Os planos coletivos estão fora da nova regra. Para quem tem plano individual e assinou o contrato antes de 1999 deve adotar alguns procedimentos para efetuar a troca.

Para a troca, os planos serão divididos em cinco faixas de preços, de acordo com o valor da mensalidade; também haverá distinção entre planos locais, regionais, nacionais e internacionais.
As trocas poderão ser feitas um mês antes ou depois da data de aniversário do contrato.

O presidente da Agência Nacional de Saúde, Fausto Pereira dos Santos, diz que dentro das faixas compatíveis nessas condições, o consumidor poderá trocar livremente. O objetivo é proteger, principalmente, quem mais precisa do serviço de saúde.

“A regra da portabilidade não permite nenhum tipo de discriminação: seja por idade, por sexo, ou por portar algum tipo de patologia”, garante Fausto Pereira dos Santos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Receita diz que empresas não precisam reter IR sobre venda de 10 dias de férias

Segundo a Receita Federal, algumas empresas faziam desconto.
Para unificar posicionamento, norma foi editada.
Fonte: G1

O trabalhador que optar por vender dez dias de férias não vai mais pagar Imposto de Renda relativo ao período. Segundo uma publicação da Receita Federal no Diário Oficial da União de terça-feira (6), as empresas não vão mais ser obrigadas a descontar o IR do valor recebido pelos funcionários que decidirem tirar apenas 20 dias de férias.

Segundo a assessoria da Receita Federal, a medida adotada servirá para unificar o procedimento na Receita, já que, por não haver determinação expressa sobre a cobrança do IR na venda de férias, algumas empresas retinham recursos na fonte.

A Receita explicou ainda que, ao questionar a cobrança na Justiça, o trabalhador ganhava a ação. Após muitas ações perdidas, a Receita decidiu editar esta norma, para esclarecer qual postura deverá ser adotada pelas empresas.

Captação da poupança cai 47% em 2008, para R$ 17,6 bilhões

Segundo BC, captação bateu recorde em 2007 ao somar R$ 33,3 bilhões.
Parte dos recursos que ingressam na poupança financiam casa própria.
Fonte: G1

A captação da caderneta de poupança (diferença entre depósitos e retiradas) somou R$ 17,6 bilhões em 2008, informou nesta quarta-feira (7) o Banco Central. No ano passado, os depósitos somaram R$ 1,15 trilhão, enquanto as retiradas totalizaram R$ 1,13 trilhão.

Os dados do Banco Central mostram que a captação da poupança no ano passado teve queda de 47% frente ao resultado de 2007, quando R$ 33,3 bilhões ingressaram na modalidade de investimentos - recorde histórico. Entretanto, o resultado é o segundo melhor da série disponibilizada pelo BC, que tem início em 1995.

Mês de dezembro

Somente em dezembro de 2008, segundo o BC, R$ 5,38 bilhões ingressaram na poupança. Geralmente, os meses de novembro e, principalmente, de dezembro apresentam captação mais alta por conta do pagamento do 13o. salário dos trabalhadores e aposentados. Mesmo positivo, o resultado do mês passado apresentou recuo frente a dezembro de 2007, quando R$ 9,13 bilhões ingressaram na poupança.

Saldo da poupança

No fim de 2008, o volume de recursos aplicado na caderneta de poupança somou R$ 270,4 bilhões, o que representa um aumento frente ao estoque registrado no fim de 2007, de R$ 235,2 bilhões. Além da captação líquida, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também formam o saldo da poupança.

Atratividade da aplicação

A tradicional caderneta de poupança tem a sua correção determinada pela variação da taxa referencial (TR) mais 0,5% ao mês. Em 2008, a aplicação rendeu cerca de 8%, enquanto a expectativa para o IPCA (inflação oficial) é de 6% e o IGP encostou em 10%.

No ano passado, a aplicação perdeu um pouco sua atratividade por conta da subida de juros implementada pelo Banco Central. Os juros básicos, que estava em 11,25% ao ano no início de 2008, terminaram o ano passado em 13,75% ao ano - com o objetivo de tentar conter o crescimento da inflação.

Com isso, subiu a remuneração das aplicações em renda fixa que "concorrem" com a poupança, como os fundos ofertados pelas instituições financeiras (rendimento de 12% a 13% em 2008), os CDB's (Certificados de Depósitos Bancários) e até mesmo as vendas de títulos públicos pela internet efetuados pelo Tesouro Nacional - que têm rendimento próximo, ou igual, ao da taxa Selic.

Entretanto, esse cenário pode mudar em 2009 e a poupança pode voltar a ganhar um pouco mais de atratividade. Isso porque a expectativa é de queda de juros neste ano. O mercado financeiro acredita que no próximo dia 21 de janeiro o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduza os juros de 13,75% para 13,25% ao ano. Para o fim de 2009, a expectativa é de que os juros fiquem em 12% ao ano.

Na poupança, ao contrário dos fundos de renda fixa oferecidos pelas instituições financeiras, não é cobrada taxa de administração e nem Imposto de Renda (IR). Deste modo, a aplicação também pode ser vantajosa para quem precisar do dinheiro no curto prazo.

Financiamento da casa própria

As aplicações em caderneta de poupança estão divididas em duas modalidades: Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e a chamada poupança rural.

No caso do SBPE, 65% dos recursos devem ser destinados a empréstimos imobiliários, o que aumenta a disponibilidade de financiamentos para a compra da casa própria, e, na poupança rural, os recursos são canalizados para o desenvolvimento da agricultura.

No ano de 2007, R$ 26,4 bilhões ingressaram na poupança por meio do SBPE. Já em 2008, segundo informou nesta quarta-feira o Banco Central, este volume foi de R$ 13,8 bilhões. Ou seja, uma queda de aproximadamente 47%.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Mercado já prevê redução maior de juros em janeiro

Até o momento, mercado previa corte de 0,25 ponto, para 13,50% ao ano.
Agora, já estima um corte de 0,50 ponto percentual, para 13,25 ao ano.

Fonte: G1

O mercado financeiro passou a prever uma redução maior da taxa de juros no início deste ano, segundo revelou o Banco Central nesta segunda-feira (5), por meio de pesquisa realizada com as instituições financeiras na última semana. A pesquisa dá origem ao relatório de mercado, também conhecido como Focus. O BC não reduz juros desde setembro de 2007.

Atualmente, os juros básicos da economia estão em 13,75% ao ano. Na semana retrasada, a maior parte dos analistas do mercado financeiro já apostava em redução dos juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de janeiro, marcada para os dias 20 e 21 deste mês. A expectativa era de um corte de 0,25 ponto percentual, para 13,50% ao ano.

Na última semana, porém, o mercado financeiro passou a acreditar em uma redução maior dos juros no Copom de janeiro, de 0,50 ponto percentual - o que reduziria a taxa para 13,25% ao ano. Segundo o BC, o mercado também acredita que os juros serão reduzidos novamente em 0,50 ponto percentual, para 12,75% ao ano, em março. Em abril, junho e julho, o mercado aposta que haverá três reduções seguidas de 0,25 ponto percentual, com a taxa Selic terminando julho em 12% ao ano - valor no qual seria mantida até o fim de 2009.

Inflação

A taxa de juros é o principal instrumento do Banco Central para conter a inflação. No Brasil, vigora o sistema de metas, pelo qual a autoridade monetária tem de atingir metas pré-determinadas. Para 2009, a meta central é de 4,5%.

Porém, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo em relação à meta central. Deste modo, a inflação pode oscilar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC já informou anteriormente que busca trazer a inflação para a meta central já em 2009. Por isso manteve os juros inalterados em 13,75% ao ano na última reunião do Copom de 2008, realizada em dezembro.

Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, a estimativa dos economistas ouvidos pelo BC foi mantida estável em 5%. Para 2008, resultado que será divulgado nesta semana, a expectativa de inflação caiu de 6,03% para 6,01% na última semana.

Crescimento

O mercado financeiro elevou, na última semana, a sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2008 de 5,60% para 5,62% neste ano.

Para 2009, entretanto, a previsão de crescimento econômico caiu de 2,44% para 2,40%. Durante a maior parte de 2008, a projeção do mercado para o crescimento de 2009 ficou em 3,50%. Entretanto, com a crise financeira internacional, que se agravou em meados de setembro com o anúncio de concordata do banco de investimentos Lehman Brothers, a previsão começou a cair.

No caso do governo, a sua projeção oficial para o crescimento de 2009 já esteve em 5% na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Entretanto, foi revisada por duas vezes e, neste momento, já deixou de ser previsão e passou a ser meta: de 4%. O Banco Central estima em 3,2% o crescimento do PIB do ano de 2009.

Taxa de câmbio

Na última semana, dado que foi divulgado nesta segunda-feira (5), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2009 foi mantida em R$ 2,25 por dólar. Desde a piora da crise financeira internacional, tem sido registrada uma saída maior de recursos da economia brasileira, o que tem pressionado o dólar para cima.

Balança comercial

No caso da balança comercial brasileira, a projeção do mercado financeiro para o saldo (exportações menos importações) de 2009 caiu de US$ 15 bilhões para US$ 14,5 bilhões. Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado financeiro para 2008 passou de US$ 36,45 bilhões para US$ 37 bilhões. Para 2009, a projeção de ingresso de investimentos no Brasil subiu de US$ 21,5 bilhões para US$ 23 bilhões.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Entram em vigor as novas alíquotas do Imposto de Renda

Tabela do IR ganhou duas novas alíquotas.
Veja como as mudanças vão afetar o seu orçamento.
Fonte: G1

Entrou em vigor em 2009 a nova tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Para o IR 2009, além de elevar em 4,5% as faixas salariais sobre as quais o tributo incide, foram criadas duas novas alíquotas (de 7,5% e de 22,5%).

A calculadora do Imposto de Renda do G1 foi feita com a supervisão da consultoria IOB. Para o ano passado, o desconto por dependente foi de R$ 137,99, valor que foi reajustado para R$ 144,20 para 2009.

Verifique abaixo, na tabela 2, como ficou a tabela do Imposto de Renda 2009.

A tabela 1 mostra as regras que são válidas para o ano de 2008. As informações são do Ministério da Fazenda e os cálculos dos valores a deduzir na tabela 2 foram feitos pela IOB.

1. Tabela do Imposto de Renda válida para 2008

Faixa de rendimento Alíquota Dedução
Até R$ 1.372,81 0% (isento) -
De R$ 1.372,82 até R$ 2.743,25 15%

R$ 205,92

Acima de R$ 2.743,25 27,5% R$ 548,82

2. Tabela com as novas alíquotas, válida para 2009

Faixa de rendimento Alíquota Dedução
Até R$ 1.434 0% (isento) -
De R$ 1.434 a R$ 2.150 7,5% R$ 107,55
De R$ 2.150 a R$ 2.866 15% R$ 268,80
De R$ 2.866 a R$ 3.582 22,5% R$ 483,75
Acima de R$ 3.582 27,5% R$ 662,85