sábado, 28 de fevereiro de 2009

Prazo para declarar IR começa segunda: quem entrega antes leva vantagem

Contribuinte que entregar no início do prazo, recebe antes a restituição.
Precisa declarar quem ganhou mais de R$ 16.473,72 em 2008.
Fonte: G1

A Receita Federal começa a receber nesta segunda-feira (2) as declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2009, ano-base 2008.

O governo espera receber, até 30 de abril, 25 milhões de declarações. O contribuinte que não entregar a declaração no prazo ficará sujeito a multa mínima de R$ 165,74.

Especialmente para quem vai fazer a declaração completa, a dica de especialistas é reunir os documentos necessários para o preenchimento. Os contribuintes devem ter em mãos o CPF ou CNPJ dos prestadores de serviço em atividades dedutíveis - como saúde e educação, por exemplo - para agilizar o trabalho.

Para quem vai fazer a declaração simplificada, o cálculo da dedução é padrão, limitado a R$ 12.194,86. Quem estiver em dúvida qual opção é mais vantajosa pode fazer a comparação no programa da Receita Federal.

Entregar a declaração do IR no início do prazo dado pela Receita Federal traz vantagens para o bolso: quanto mais cedo o contribuinte acerta as contas com o Fisco, mais rapidamente recebe o dinheiro da restituição.

Para o coordenador de imposto de renda da consultoria IOB, Antônio Teixeira Bacalhau, uma boa alternativa é separar todos os documentos e informações necessárias para estar com tudo pronto já no dia 2 de março.

“Quem já tiver tudo em mãos é melhor entregar logo. O primeiro lote de restituição começa já em junho."

O contribuinte deve anexar à declaração cópias de tudo o que você colocar na declaração como dedutível. Dentro do prazo de cinco anos, a Receita pode pedir os documentos para comprovação.

Mudanças em 2009

Entre as novidades na declaração deste ano está o fato de a Receita ter deixado de exigir dos contribuintes o número do recibo da declaração anterior.

Entretanto, segundo a consultoria IOB, vale a pena resgatar o número, uma vez que as declarações que vieram com esta informação terão processamento prioritário.

Além disso, de acordo com a consultoria, a informação do recibo da declaração de 2008 garante mais segurança ao contribuinte. Isso evita que um determinado CPF seja usado por uma outra pessoa na hora de declarar o IR.

Outra novidade é a Declaração Final de Espólio - referente aos bens deixados por uma pessoa falecida -, que foi integrada ao programa gerador da declaração comum.

Anteriormente, essa declaração tinha um programa separado para gerar as informações, e o prazo era de 60 dias a partir do final do processo de inventário. Com a nova regra, valem os prazos do IR: as informações devem ser geradas até o dia 30 de abril do ano seguinte ao trânsito em julgado da sentença do espólio.

Neste ano, para quem declarar até dia 31 de março, será possível agendar o pagamento da primeira cota do pagamento do Imposto de Renda para pagamento em débito em conta-corrente.

Para quem declarar a partir de 1º de abril e tiver débito de imposto, o pagamento poderá ser feito por meio de agendamento a partir da segunda parcela. O parcelamento pode ser feito em até oito vezes, desde que cada parcela seja superior a R$ 50.

Houve uma pequena extensão para a entrega da declaração do IR. Antes, o prazo acabava às 20h do dia 30 de abril. Agora, foi estendido até a meia-noite deste dia. O início do prazo de entrega é, como de costume, o primeiro dia útil de março (no caso de 2009, dia 2 de março, a partir das 8h).

Quem declara

São obrigadas a apresentar o documento as pessoas físicas que receberam mais do que R$ 16.473,72 durante o ano de 2008. No ano passado, estava obrigado a declarar quem recebeu mais de R$ 15.764,28. A mudança refere-se à correção de 4,5% da tabela do IR neste ano.

Também são obrigados a declarar IR os contribuintes que tiveram rendimentos isentos ou não-tributáveis de pelo menos R$ 40 mil no ano passado, ou quem teve receita bruta de atividade rural superior a 82.368,60.

Quem realizou, no ano passado, operações em bolsa de valores, de mercadorias e de futuro, também deve entregar a declaração referente ao ano de 2008. As pessoas físicas que tinham, no fim do ano passado, R$ 80 mil em patrimônio - mesmo terrenos - também estão obrigadas a declarar o IR 2008.

As pessoas físicas que passaram à condição de residentes no Brasil em 2008, ou que participaram de quadro societário de empresa como titular, sócio ou cooperado, também são obrigadas a declarar IR neste ano. Aqueles que venderam de bens com ganho de capital no ano passado também têm de apresentar o documento.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Receita e INSS não podem mais cobrar reconhecimento de firma, diz secretário

Medidas fazem parte de projeto para simplificar os serviços ao cidadão.
Assinatura frente ao servidor é suficiente para reconhecer firma, diz.
Fonte: G1

As unidades da Receita Federal, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Ministério do Trabalho e do Ministério da Agricultura não podem mais pedir aos cidadãos o reconhecimento de firma e a autenticação de documentos, disse nesta sexta-feira (27) o secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Marcelo Viana.

As medidas estão em consulta pública na página da Casa Civil na internet, mas já estão em vigor. Segundo Viana, elas fazem parte de um projeto para simplificar os serviços dos órgãos federais nas áreas de atendimento ao cidadão. A população poderá fazer sugestões até o próximo dia 27 de março.

População já pode usufruir

"A população já pode usufruir imediatamente desta medida, junto às repartições federais. Caso algum funcionário público federal venha inadvertidamente a pedir reconhecimento de firma ou autenticação de documentos, o cidadão tem o direito de se recusar a atender essa solicitação, que é abusiva", disse Marcelo Viana.

De acordo com ele, as novidades valem para qualquer órgão de atendimento direto ao cidadão. Entre eles: o INSS, a Receita Federal, o Ministério do Trabalho e o da Agricultura.

"A assinatura do cidadão frente ao servidor é suficiente para o reconhecimento de firma. Mas, atenção: o cidadão deve estar de posse de documento oficial de identidade, com foto, para que a identificação da pessoa possa ser feita", disse Viana.

Sem alterações

Entretanto, não haverá alterações no atendimento da Polícia Federal e do Ministério do Exército, os chamados "órgãos de segurança". "Não precisam mudar seus procedimentos", disse ele.

O secretário Marcelo Viana esclareceu que as medidas também não se aplicam aos cartórios. "Não se estende aos cartórios, especialmente em situações de compra e venda de propriedades e veículos, que seguem observações legais específicas, afetas a outros órgãos, além de critérios estabelecidos entre as partes", disse ele.

Termina hoje prazo para empresas entregarem comprovante de rendimentos

Comprovante é necessário para que contribuintes possam fazer declaração.
Multa por atraso é de R$ 41,73 por funcionário, informa Receita Federal.
Fonte: G1

Termina nesta sexta-feira (27) o prazo para que as empresas entreguem a seus funcionários a declaração de rendimentos, documento que é necessário para fazer a declaração do Imposto de Renda 2009, ano-base 2008.

O comprovante de rendimentos deverá trazer as informações sobre o valor total dos rendimentos obtidos pelo trabalhador em 2008 e o do IR Retido na Fonte (IRRF) no período. A multa por não entregar o documento dentro do prazo, ou apresentá-lo com informações incorretas, é de R$ 41,73 por funcionário.

Cruzamento de dados

As informações contidas no Comprovante de Rendimentos são cruzadas com as fornecidas na Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), que as empresas têm de remeter à Receita Federal também até 27 de fevereiro. Caso a Receita encontre divergências, a declaração é retida na chamada malha fina até que as partes solucionem as pendências.

Declaração do IR

A Receita Federal lembra que o prazo de entrega da declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2009, ano-base 2008, começa em 2 de março e vai até às 24h do dia 30 de abril deste ano. Quem perder o prazo está sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74. Veja as regras do IR deste ano. O órgão não está exigindo, neste ano, o recibo da declaração de 2008. A Receita espera que 25 milhões de contribuintes declarem IR em 2009.

Dilma vai pedir a Estados apoio a plano habitacional

Fonte: Agência Estado

As medidas do governo federal de estímulo à construção civil deverão ser apresentadas na próxima terça-feira (dia 3) aos governadores de São Paulo, Minas Gerais, do Paraná e do Rio de Janeiro. Na reunião, a ser capitaneada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governo pedirá a colaboração dos Estados para dar maior alcance às medidas.

Dilma deverá sugerir aos governadores, por exemplo, que reduzam o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - o principal tributo estadual - sobre o material de construção. O mesmo pedido foi feito na semana passada a um grupo de governadores do Nordeste. Eles se disseram dispostos a colaborar.

A ministra foi orientada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a fazer os últimos ajustes no pacote da habitação após a conversa com os governadores. Assim, é possível que na semana que vem as medidas sejam, finalmente, anunciadas. O ponto central do pacote é a meta de contratar a construção de 1 milhão de moradias até 2010. Para a classe média, a principal medida deverá ser a elevação, de R$ 350 mil para R$ 500 mil, do valor do imóvel que pode ser pago usando recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

BB abre linha para revendedores de veículos com recursos do FAT

Fonte: Valor Online
O Banco do Brasil (BB) reabriu hoje a linha de capital de giro com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) chamada de FAT Giro Setorial, que desta vez terá os recursos destinados para as micro, pequenas e médias revendedoras de veículos. A expectativa do BB é de que possam ser atendidas cerca de 3,5 mil revendas, com faturamento bruto anual de até R$ 60 milhões.

Os empréstimos são corrigidos pela TJLP (taxa de juros de longo prazo), acrescida de 11,206% ao ano, o que corresponde a uma taxa efetiva de 1,4% ao mês. O prazo de pagamento pode chegar a até 24 meses, incluída carência de até cinco meses. Cada revenda poderá contratar operações de até R$ 200 mil ao longo deste ano.

Por determinação do Codefat, órgão responsável pelos recursos do FAT, as empresas que tomarem o empréstimo deverão firmar contrato garantindo a manutenção dos empregos existentes à época da contratação da linha ou gerados durante a vigência do contrato, sob pena de vencimento antecipado da operação. Além disso, as empresas deverão apresentar certidões de regularidade junto aos órgãos públicos.

Crédito apresenta melhora em fevereiro, segundo BC

Fonte: Valor Online
Pela ótica do Banco Central (BC), mesmo sem a "efervescente" trajetória dos últimos dois anos, dados parciais de fevereiro apontam que há uma retomada na concessão de crédito após o auge da crise mundial.

A autoridade monetária mantém a projeção de alta de 16% no saldo das operações em 2009 sobre 2008, que deve subir de 41,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em janeiro para 43% ao fim do ano.

Números da rede bancária até o último dia 11 mostram que o volume de crédito referencial para taxa de juros crescia 0,2% sobre igual intervalo de janeiro. A alta é puxada pelo aumento de 1,2% nas linhas para pessoas físicas, enquanto o crédito para empresas recuava 0,6% nesta comparação.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a queda nas concessões a pessoas jurídicas é comum nos meses de janeiro e fevereiro, quando a atividade mercantil se desaquece em relação ao grande movimento de fim de ano.

É lançando mão dessa sazonalidade que ele explica a diminuição de 13,7% na concessão média diária do crédito global em janeiro, lembrando que em janeiro de 2008 tinha havido queda de 11,6%. Pelo mesmo critério, o recuo nas concessões a empresas foi de 21,2%, ante 13,6% negativos no mesmo mês do ano passado.

"É normal essa diminuição no crédito a pessoas jurídicas, que crescia acima de 45% em 12 meses até setembro", comentou Lopes, lembrando que os empréstimos a pessoas físicas aumentavam a taxas anuais de 25% em igual período. No mês passado, a concessão média diária às famílias cresceu 3%.

"O que vemos é uma retomada, a partir do ponto mais agudo da crise", afirmou ele.

Do lado das empresas, a modalidade com maior redução foi o repasse de recursos externos, cujas concessões tiveram queda mensal de 51,6%, seguidas das linhas de capital de giro, com diminuição de 44,6%.

Após oito meses de alta, bancos reduzem juros do cheque especial

Taxa do cheque especial cai 2,9 pontos em janeiro, para 172% ao ano.
Mesmo com queda em janeiro, juros ainda são extremamente elevados.
Fonte: G1

Após doze meses de alta, as instituições financeiras reduziram, em janeiro, sua taxa média de juros cobrada nas operações com cheque especial pessoa física, segundo revelou nesta quinta-feira (26) o Banco Central.

No mês passado, os juros do cheque especial somaram 172% ao ano, contra 174,9% ao ano em dezembro de 2008 - a maior desde dezembro de 2003. Ou seja, houve um recuo de 2,9 pontos percentuais na taxa média de juros do cheque especial em janeiro deste ano.

No ano de 2008, os juros do cheque especial avançaram impressionantes 36,8 pontos percentuais, visto que estavam em 138,1% ao ano no fim de 2007. Mesmo com a queda em janeiro, os juros do cheque especial, em 172% ao ano, ainda são extremamente elevados.

Juros médios

Ao mesmo tempo, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em todas as suas operações, quer seja com empresas ou pessoas físicas, atingiu 42,4% ao ano no mês passado, contra 43,3% ao ano em dezembro. Em todo o ano de 2008, o aumento desta taxa foi de 9,4 pontos percentuais.

No caso da taxa de juros das instituições financeiras em suas operações com pessoas físicas, informou a instituição, esta caiu de 58,1% ao ano, em dezembro, para 55,1% ao ano em janeiro deste ano. Deste modo, houve uma queda de três pontos percentuais na taxa em janeiro.

Para pessoas jurídicas, entretanto, houve aumento nos juros médios em janeiro deste ano, que somaram 31% ao ano. Em dezembro, estavam em 30,7% ao ano.

Declaração do IR já começa a ser recebida na 2ª

Fonte: Agência Estado

A partir da próxima segunda-feira (dia 2), a Receita Federal vai deixar disponível em seu site (www.receita.fazenda.gov.br) os programas de preenchimento e envio da declaração de Imposto de Renda 2009, referente ao ano-base 2008. O Fisco já começa a receber as declarações a partir desta data pela internet e também por disquete, que deve ser entregue nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Há ainda a opção de preencher o formulário de papel, que pode ser comprado nos Correios por R$ 4 e entregue no mesmo local.

Está obrigado a declarar quem recebeu rendimentos tributáveis, como salário, aposentadorias e aluguéis, acima de R$ 16.473,72 em 2008. Empresas e bancos devem enviar os comprovantes de rendimentos aos contribuintes até sábado (dia 28).

A declaração do Imposto de Renda em 2009 não traz muitas mudanças. A principal delas é a possibilidade de o trabalhador declarar a venda de dez dias de férias à empresa, para compensar o IR retido. Na prática, isso vai significar aumento da restituição ou redução do imposto a pagar. "É preciso que a empresa especifique, no informe de rendimentos entregue ao funcionário, o valor do 1/3 das férias vendidas. Na declaração, o contribuinte deve declarar o montante no campo 'Rendimentos Isentos'", explica a tributarista Elisabeth Libertuci.

Outra novidade é a não-obrigatoriedade de informar ao Fisco o número do recibo da declaração do ano anterior. "Este ano, informar este dado será opcional, mas é desejável fazê-lo”, diz Edino Garcia, consultor da área tributária da IOB Consultoria. O motivo é a segurança do próprio contribuinte. "Em caso de alguém tentar fraudar a declaração, vai prevalecer aquela com o número do recibo", diz. Além disso, as declarações com o número informado serão processadas primeiro pelo Fisco, o que pode antecipar o recebimento da restituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dados de inflação são destaque na quinta-feira

Fonte: Valor Online
A quinta-feira tem uma série de indicadores na agenda, mas nenhum de acentuada representatividade. O destaque recai nos dados de inflação no mercado interno.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) traz o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de fevereiro. A previsão é de que a inflação no atacado tenha fechado o mês com alta de 0,42%, seguindo deflação de 0,44% em janeiro.

A FGV também divulga a variação semanal no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Para o Banco Fator, o indicador deve apontar alta de 0,46%, recuando de 0,59%.

A agenda interna também traz a nota de política monetária e operações de crédito referente ao mês de janeiro e o Banco Central (BC) divulga o fluxo cambial parcial.

No front corporativo, SulAmérica e Nossa Caixa divulgam resultados trimestrais.

No mercado de câmbio, o BC tem agendado leilão de linha, no qual oferta dólares com compromisso de recompra.

Nos Estados Unidos, a atenção volta-se para a venda de imóveis novos. Também saem as encomendas por bens duráveis e pedidos semanais por seguro-desemprego.

Bancos reservam R$ 7 bi para se proteger de calotes

Fonte: Agência Estado

Os cinco maiores bancos do País - Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander Real e Caixa Econômica Federal - aumentaram em quase R$ 7 bilhões as provisões adicionais para créditos duvidosos - aquelas que superam o montante definido pelas regras do Banco Central (BC) - no último trimestre do ano passado.

Conforme explicou ontem o presidente executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, o movimento sincronizado se deve à expectativa de alta da inadimplência ao longo deste ano, principalmente no primeiro semestre de 2009. "Achamos que era prudente reforçar o balanço, especialmente por causa do cenário incerto”, disse ontem, durante a apresentação dos resultados do exercício de 2008. "O ajuste da economia brasileira às novas condições da economia mundial levará algum tempo e reduzirá o crescimento, aumentará o desemprego e (por tabela) a inadimplência”, observou Setubal.

O Itaú Unibanco fez, individualmente, a maior provisão adicional entre os maiores bancos: R$ 3,023 bilhões no quarto trimestre de 2008. No período entre outubro e dezembro do ano passado, o BB reservou R$ 1,7 bilhão; a Caixa, R$ 1,3 bilhão; o Bradesco, R$ 597 milhões; e o Santander Real, R$ 156 milhões.

Levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, feito com base em 20 balanços de bancos já divulgados, revela que o saldo de provisões em dezembro de 2008 era de R$ 55,9 bilhões, 48,4% a mais que em dezembro do ano anterior. O saldo é resultado da diferença de provisão entre o período inicial da pesquisa e o final. Em outras palavras, em 2008, os bancos aumentaram suas reservas anticalote em quase R$ 60 bilhões. Embora parte disso se deva ao próprio crescimento de 31% do crédito no País no ano passado, uma parcela expressiva é explicada pela expectativa de aumento da inadimplência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe a rentabilidade dos seus investimentos

Fonte: Agência Estado

É possível saber o retorno das aplicações no dia, mês e ano

Quer acompanhar os melhores investimentos do mês? O portal AE Investimentos te ajuda. Listamos abaixo o desempenho dos principais investimentos nos mercados acionário, de câmbio e de renda fixa, além da rentabilidade do ouro e da poupança.Observe que as aplicações estão organizadas no ranking de acordo com a rentabilidade mensal. Você ainda tem acesso ao rendimento diário e anual.

RANKING DAS PRINCIPAIS APLICAÇÕES FINANCEIRAS - 25.02.2009
Posição
Aplicação
Fechamento
Rentabilidade (%)
NO DIA
NO MÊS
NO ANO
Ouro BM&F (R$)
73,00
-3,31
8,15
14,15
Dólar oficial Banco Central (R$)
2,381
-0,43
2,81
1,90
FIF cambial dólar s/alavancagem (*)
-
-1,25
2,35
1,31
Euro oficial Banco Central (R$)
3,034
-1,20
2,19
-6,30
Dólar paralelo SP (R$) (**)
2,500
0,00
1,63
2,46
FIF renda fixa (*)
-
0,05
0,76
1,74
CDI (% ao ano)
12,62
0,05
0,76
1,81
FIF DI (*)
-
0,05
0,76
1,80
CDB 30 dias - média de mercado (% ao ano)
10,92
0,04
0,67
1,60
10º
Poupança - fevereiro (% ao mês)
0,55
0,03
0,49
1,18
11º
Ibovespa (em pontos)
38232
-1,25
-2,72
1,81
Agência Estado
(*) Rentabilidades projetadas pela Agência Estado a partir dos dados da Anbid
(Associação Nacional dos Bancos de Investimentos)
(**) Mercado sem liquidez

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Para Itaú Unibanco, spread continuará alto até final da crise

Fonte: Valor Online
No que depender do Itaú Unibanco, o spread bancário deve continuar alto nos próximos meses, tendo em vista a crise internacional e o aumento das incertezas. Na avaliação de Roberto Setubal, presidente do banco, o prêmio de risco subiu no mundo todo e no Brasil também, inclusive para empresas com alta avaliação.

"Acho que a situação é conjuntural e (o spread) ficará elevado ainda por algum tempo. Quando o crescimento for retomado e o risco diminuir pode haver redução", afirmou o executivo nesta tarde, durante apresentação do balanço do banco.

Na avaliação dele, o spread no Brasil é alto porque a inadimplência aqui também é "a maior do mundo", assim como os compulsórios. Ele reclamou ainda da falta de informações do sistema e do cadastro positivo, que favoreceriam maior segurança na gestão das carteiras de crédito.

Ao mesmo tempo, ele ressalta que o nível de incerteza aumentou muito desde setembro, quando a crise se agravou. Setubal acredita, no entanto, que a situação dos bancos locais é sólida e "bastante melhor" do que a verificada entre os bancos dos EUA e Europa e não vê necessidade de planos de socorro como os que vem sendo estudados lá fora.

Programa do IR 2009 estará disponível para 'download' no dia 2 de março

Informação é do supervisor nacional do IR da Receita, Joaquim Adir.
O prazo para entrega da declaração neste ano também começa dia 2.
Fonte: G1

O supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, Joaquim Adir, confirmou nesta quarta-feira (25) que o programa do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2009, ano-base 2008, estará disponível para "download" na página do Fisco somente no dia 2 de março, a partir das 8h. O órgão espera receber 25 milhões de declarações do IR em 2009.

O prazo de entrega da declaração, neste ano, também começa em 2 de março e se estende até às 24h do dia 30 de abril. Além da internet, o IR também poderá ser enviado via disquete, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, ou em formulário, nas agências e nas lojas franqueadas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), durante o seu horário de expediente, ao custo de R$ 4.

Segundo a Receita Federal, estão obrigadas a apresentar a declaração as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 16.473,72 em 2008. Neste ano, uma das novidades é que o contribuinte não precisa mais informar o número do recibo da declaração do ano anterior, neste caso, de 2008.

Comprovante de rendimentos

A Receita Federal lembra que as empresas têm até a próxima sexta-feira (27) para entregar a seus funcionários o comprovante de rendimentos do ano passado. O documento que é necessário para fazer a declaração do Imposto de Renda deste ano.

O comprovante de rendimentos deverá trazer as informações sobre o valor total dos rendimentos obtidos pelo trabalhador em 2008 e o do IR Retido na Fonte (IRRF) no período. A multa por não entregar o documento dentro do prazo, ou apresentá-lo com informações incorretas, é de R$ 41,73 por funcionário.

Cruzamento de dados

As informações contidas no Comprovante de Rendimentos são cruzadas com as fornecidas na Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), que as empresas têm de remeter à Receita Federal também até 27 de fevereiro. Caso a Receita encontre divergências, a declaração é retida na chamada malha fina até que as partes solucionem as pendências.

Semana reserva indicadores de inflação no Brasil e PIB dos EUA

Fonte: Valor Online
Os investidores brasileiros voltam do feriado de carnaval e, além de ajustar posições com relação as outros mercados globais - que sofreram altos e baixos nos último dois dias -, encaram uma carregada agenda de indicadores no que resta da semana.

Ontem à noite, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez discurso no Congresso e disse que os EUA podem reduzir gastos em até US$ 2 trilhões nos próximos 10 anos, incluindo programas de educação mal sucedidos e subsídios ao agronegócio. Ele adiantou também que o socorro financeiro a bancos vai custar mais do que o estimado anteriormente, mas que os depósitos estão assegurados.

Antes o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, já havia discursado pela manhã afirmando que o país pode superar o processo de recessão ainda neste ano. Ele negou a intenção de nacionalização de grandes bancos como Citigroup. Como resposta, as bolsas americanas avançaram depois de terem caído na segunda-feira ao menor nível em 12 anos.

Na quarta-feira, a agenda reserva o boletim Focus do Banco Central (BC) e a venda imóveis usados nos EUA durante o mês de janeiro.

Amanhã, a atenção vai para o Índice Geral de Preços - Mercados (IGP-M) de fevereiro e para a variação semanal no Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

No front externo, saem as vendas de casas novas nos EUA e os pedidos por bens duráveis, ambos indicadores referentes ao mês de janeiro.

Já na sexta-feira, o foco está na segunda preliminar do PIB americano. Também será divulgado o índice de confiança do consumidor da Universidade do Michigan. Por aqui, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresenta seu IPC.

No front corporativo, são aguardados os resultados de Nossa Caixa, TIM, SulAmérica, Porto Seguro, Lupatech e Confab. O desempenho do Banco Itaú, cujo lucro consolidado caiu de R$ 8,4 bilhões em 2007 para R$ 7,8 bilhões em 2008, também deve movimentar os negócios.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Déficit da Previdência aumenta 17% em janeiro, para R$ 6,3 bilhões

Fonte: Valor Online
O regime geral de Previdência Social registrou déficit de R$ 6,337 bilhões em janeiro. O valor apresenta um aumento real (deflacionado pelo INPC) de 17% perante igual mês de 2008, quando o resultado negativo ficou em R$ 5,416 bilhões.

Dados divulgados há pouco pelo ministério da Previdência apontam que a arrecadação líquida do INSS somou R$ 12,031 bilhões no mês passado, com crescimento real de 0,9% em relação a janeiro de 2008 (R$ 11,927 bilhões).

Do lado das despesas com aposentadorias e pensões, houve elevação, de 5,9% em termos reais, para R$ 18,369 bilhões, ante R$ 17,343 bilhões do primeiro mês de 2008.

Pressionou também os gastos de janeiro o pagamento de R$ 3,053 bilhões em sentenças judiciais, com aumento de 17,7% sobre os precatórios federais do mesmo mês do ano passado, que somaram R$ 2,594 bilhões.

Desemprego sobe forte e vai a 8,2% em janeiro

Fonte: G1

Após registrar em dezembro o menor nível desde 2002, a taxa de desemprego no país registrou forte alta em janeiro, para 8,2%, a maior desde abril do ano passado, refletindo a piora na situação econômica mundial. Em dezembro, a taxa havia ficado em 6,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de janeiro é similar à do mesmo mês do ano passado, quando ficou em 8,0%. A população desocupada cresceu 20,6% em frente a dezembro, para 1,9 milhão de pessoas.

Em janeiro, a população ocupada nas seis regiões pesquisadas reduziu-se em 1,6% em relação ao mês anterior, para 21,2 milhões de pessoas. Frente a janeiro de 2007, no entanto, a população ocupada representa uma alta de 1,9%, ou cerca de 385 mil postos de trabalho.

O número de empregados com carteira assinada no setor privado ficou menor no mês – 1,3% na comparação com dezembro, para 44,9% da população ativa. O desemprego também atingiu os empregados sem carteira assinada: na passagem de dezembro para janeiro, esse contingente teve uma queda de 4,5%.

FAT não tem dinheiro para ampliar seguro-desemprego

Fonte: Agência Estado

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) não tem condições financeiras para custear as despesas decorrentes de uma ampliação do seguro-desemprego para até dez parcelas, segundo avaliação da área técnica do governo. Essa ampliação, cuja possibilidade foi admitida no início do mês pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, teria de ser bancada com recursos adicionais do Tesouro Nacional ou pela redução ou eliminação dos empréstimos do FAT ao setor produtivo.

Por causa da crise, as centrais sindicais reivindicam o aumento das parcelas do seguro-desemprego, que hoje é pago em até cinco meses. Para custear a ampliação para até sete parcelas aos trabalhadores dos setores mais afetados pela crise, já decidida pelo governo no início deste mês, a lei permite que o FAT lance mão, por semestre, de até 10% de suas reservas técnicas, que hoje estão em torno de R$ 11 bilhões.

O FAT paga o seguro-desemprego, o abono salarial e destina recursos para a qualificação profissional e para empréstimos aos setores produtivos (os chamados "depósitos especiais"), com o objetivo de aumentar a oferta de empregos. O Fundo é mantido com recursos das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor (Pasep). A avaliação técnica é que o FAT está à beira do colapso, pois as despesas estão crescendo em ritmo mais acelerado do que as receitas.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nega que o FAT vá enfrentar dificuldades para financiar a ampliação das parcelas do seguro-desemprego, mesmo que seja para dez meses. "Eu diria que este ano dá sim, pois o Fundo tem um patrimônio de R$ 160 bilhões." Mas ele admite que podem ocorrer problemas no futuro. "É claro que, se o desemprego se agravar muito e a ampliação das parcelas for generalizada, para todos, haverá dificuldades." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Semana termina com números de inflação

Investidor deve ficar atento para IPCA-15 no Brasil e inflação ao consumidor nos EUA
Fonte: Agência Estado

A semana pré-carnaval termina com dados de inflação sendo divulgados tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Os investidores devem ficar atentos para o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano de janeiro. Uma surpresa positiva pode vir caso se registre uma deflação menor que o esperado ou uma leve inflação, destaca a economista-chefe da corretora Link, Marianna Costa.

Ontem, o índice de inflação ao produtor (PPI) agradou ao mostrar que os preços avançaram 0,8% em janeiro, frente a dezembro, enquanto os especialistas esperavam que a elevação estacionasse em 0,3%. Isso é positivo porque pode indicar um movimento de reaquecimento da economia. A deflação, por sua vez, seria sinal de piora da situação econômica. “O processo de deflação é perigoso e difícil de combater”, afirma Marianna.

Internamente, sai hoje o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de fevereiro. Para Marianna, o indicador deve vir mais “salgado” que o do mês passado, que apontou inflação de 0,40% em janeiro. Esta sexta-feira é dia também de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar a taxa de desemprego de janeiro, que deve mostrar uma elevação, segundo Marianna.

Ontem, os dados de janeiro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho já mostrou que o mês terminou com perda de 101.748 vagas de trabalho formal. A perda foi menor que o previsto pelos analistas ouvidos pela Agência Estado, que estimavam saldo negativo entre 170 mil e 300 mil postos. Mesmo assim, o resultado de janeiro não pode ser classificado como positivo, pois tradicionalmente esse é um mês de geração de postos de trabalho.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Apesar de queda no país, 8 estados geram empregos em janeiro

Todos os estados do Sul e do Centro-Oeste criaram postos de trabalho.
A exceção ficou com o Distrito Federal, que teve pequeno recuo.
Fonte: G1

Apesar do fechamento de 101 mil postos de emprego com carteira assinada no mês de janeiro no país, oito estados mostram saldo na geração de empregos no primeiro mês do ano, com destaque para a agropecuária e serviços. São eles, os estados do Sul e do Centro-Oeste, Roraima e Rondônia.

Os números são dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (19), e mostram a primeira queda no emprego para um mês de janeiro da década e a primeira da série histórica revisada.

Segundo informações divulgadas pelo Caged, todos os estados dessas regiões tiveram saldo na soma entre contratações e demissões. A exceção ficou com o Distrito Federal, onde o número teve um pequeno recuo.

Estado Contratações Demissões Saldo
Acre 1.571 1.638 -67
Alagoas 7.295 8.479 -1.184
Amapá 1.319 1.985 -666
Amazonas 10.571 16.873 -6.302
Bahia 47.677 48.594 -917
Ceará 25.447 32.308 -6.861
Distrito Federal 21.429 21.604 -175
Espírito Santo 25.791 29.516 -3.725
Goiás 42.131 40.296 1.835
Maranhão 10.212 13.414 -3.202
Mato Grosso 27.651 24.327 3.324
Mato Grosso do Sul 20.207 18.105 2.102
Minas Gerais 131.179 157.979 -26.800
Pará 20.030 23.562 -3.532
Paraíba 7.567 7.857 -290
Paraná 95.623 94.031 1.592
Pernambuco 30.190 38.162 -7.972
Piauí 5.422 6.023 -601
Rio de Janeiro 99.747 116.285 -16.538
Rio Grande do Norte 11.946 14.923 -2.977
Rio Grande do Sul 89.407 86.609 2.798
Rondônia 8.573 7.513 1.060
Roraima 1.020 914 106
Santa Catarina 80.474 74.067 6.407
São Paulo 383.142 421.818 -38.676
Sergipe 6.438 6.757 -319
Tocantins 4.491 4.659 -168

No Centro-Oeste, Mato Grosso teve a geração de 3.324 postos de trabalho em janeiro; Mato Grosso do Sul; 2.102; e Goiás, 1.835. No Sul, Santa Catarina criou 6.407, contra 2.798 no Rio Grande do Sul e 1.592 no Paraná. Rondônia criou 1.060 vagas, com destaque para a construção civil (748), enquanto Roraima gerou 106 empregos

Em Mato Grosso, a atividade agropecuária foi responsável pela criação de 3.262 postos Em Mato Grosso Sul, respondeu por 687 empregos, ficando atrás apenas da indústria de transformação (1.524). Já em Goiás, o setor gerou 982, atrás apenas dos serviços (1.403).

No Rio Grande do Sul, a atividade agropecuária criou 3.198 empregos, contra 3.469 no setor de serviços. Eles acabaram minimizando o fechamento de 4.028 vagas na indústria de transformação gaúcha e de 926 no comércio.

Em Santa Catarina, o setor agropecuário gerou 4.199 empregos, seguido pelos serviços (3.837) e construção civil (2.095). Apenas o Paraná apresentou fechamento de vagas na atividade agropecuária --945. Mas os serviços criaram 2.020 empregos e a construção civil, 1.631.

BB: crédito imobiliário à baixa renda sai após pacote

Fonte: Agência Estado

O Banco do Brasil vai esperar o anúncio do pacote de habitação pelo governo federal para então definir sua estratégia em relação ao financiamento de imóveis para a população de baixa renda. "Vamos esperar o teor do plano e os incentivos que serão dados. Só depois iremos entrar nessa operação", afirmou o presidente da instituição, Antonio Lima Neto.

O BB começou a operar crédito imobiliário no segundo semestre do ano passado e, ao anunciar essa operação, defendeu que o objetivo era financiar moradia voltada para um público de média a alta renda. De acordo com Lima Neto, isso foi feito porque na época que o banco decidiu entrar nesse negócio contava apenas com recursos próprios para o crédito imobiliário.

A possibilidade de operar com a baixa renda dependia, segundo o executivo, do acesso a recursos da caderneta de poupança, que possibilitam taxas finais de juros menores, o que foi conseguido no ano passado, quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) permitiu que 10% da captação da poupança fosse destinada a esse fim. Antes, 100% eram direcionados ao crédito rural.

O executivo afirmou ainda que financiar moradia para a baixa renda não está fora do direcionamento estratégico do banco, já que 18 milhões de correntistas do BB têm renda de até três salários mínimos.

A carteira de crédito imobiliário do BB é de R$ 100 milhões. A meta é que ela chegue a R$ 1 bilhão ao final deste ano. A instituição tem disponível em 2009, além dos recursos próprios e dos 10% da poupança, R$ 1 bilhão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Lima Neto afirmou ainda que não existe nenhum tipo de conflito interno no BB em razão das cobranças do governo federal para se estimular o crédito e a redução dos spreads (diferença entre o juro do crédito e o custo de captação dos recursos pelo banco). "O governo está no seu papel ao dizer que a situação econômica não está tão ruim. Cabe ao governo chamar a sociedade para a racionalidade, inclusive os bancos e os bancos públicos", disse.

Receita Federal prepara super malha fina para empresas

Todos os dados declarados ao Fisco serão cruzados por sistema.
Órgão espera que sistema esteja operante no segundo semestre.
Fonte: G1

A Secretaria da Receita Federal pretende implementar no segundo semestre um sistema de informática que cruzará as informações prestadas pelas mais de quatro milhões de empresas do país por meio das declarações enviadas regularmente ao Fisco, segundo informou nesta quinta-feira (19) o subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Henrique Freitas.

O sistema funcionará de forma semelhante ao que é feito na malha fina de pessoas físicas, disse o subsecretário do órgão. "É como se fosse criar uma malha para a pessoa jurídica", declarou Freitas. O anúncio aconteceu no mesmo dia em que a Receita Federal informou que o valor das autuações, por conta de irregularidades, caiu 30% em 2008.

Cruzamento ainda é 'incipiente'

Segundo ele, esse cruzamento de informações por parte do Fisco já ocorre atualmente, mas de forma "incipiente" (no estágio inicial).

"Os cruzamentos são muito pequenos. Muito poucos. Hoje não existe esse sistema que cruza tudo. Vamos criar um provisório para atuar em fase de testes ainda no primeiro semestre. E, no segundo semestre, vai fazer um cruzamento mais efetivo de todas as empresas", disse ele a jornalistas. Acrescentou que o novo sistema deverá estar totalmente implementado de um a dois anos.

Além de efetuar mais cruzamentos, o novo sistema também deve atuar de forma automática nas autuações, explicou Freitas. "Vamos criar uma intimação padrão para o sistema fazer. Isso vai liberar os fiscais da Receita para buscar mais irregularidades", afirmou ele.

Declarações existentes

Atualmente, existem 34 diferentes tipos de declarações das empresas instaladas no país. Entretanto, boa parte delas refere-se a setores específicos, como cigarros, bebidas, combustíveis, papel, atividades mobiliárias, planos previdenciários, para rendimentos pagos a consultores de organismos internacionais, além de outras para demostrativo de notas fiscais, para exportações, para débitos e créditos tributários e para incentivos fiscais, entre outros.

Entre as declarações citadas pela Receita Federal, para ingressar no novo sistema e terem suas informações cruzadas, estão as mais comuns. São elas: Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), Programa Gerador da Declaração Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob), Declaração de Operações com Cartões de Crédito (Decred), Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof), Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (Simples e Empresas Inativas), Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), além da Declaração de Pagamento ao INSS, entre outras.

Número de empresas

A Receita Federal informou que existem, atualmente, cerca de 4,2 milhões de empresas operando no país. Destas, a maior parte (2,09 milhões) está incluída no Super Simples, sistema simplificado de pagamento de tributos. Outras 1,36 milhão de empresas declaram IR pelo lucro presumido, enquanto 180 mil optam pelo lucro real. Constam ainda, na base de dados da Receita, 140 mil pessoas jurídicas inativas, 121 mil imunes e 300 mil empresas isentas.

Governo lançará neste semestre programa para troca de 10 milhões geladeiras , diz Múcio

Fonte: Agência Brasil
O governo pretende lançar ainda neste semestre programa que vai estimular a troca de 10 milhões de geladeiras usadas por modelos novos, que consomem menos energia elétrica e não poluem o meio ambiente. A informação foi dada hoje (19) pelo ministro de Relações Institucionais da Presidência da República, José Múcio.

Múcio participou na manhã de hoje, no Ministério de Minas e Enegia, de reunião do grupo de trabalho sobre energia, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que discutiu a matriz energética brasileira. O ministro Edson Lobão (Minas e Energia) afirmou que logo depois do carnaval o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "vai bater o martelo" para que o programa comece a funcionar.

De acordo com Lobão, o Brasil deverá aumentar a produção de energia elétrica em 50 mil Mw nos próximos dez anos. Ou seja, 50% sobre o que já é gerado atualmente no país, equivalente a 105 mil Mw. Ele disse que está havendo sobra de potencial e, por isso, o Brasil está negociando parte desse excedente.

Dentro de 2 a 2,5 anos vai haver troca de energia com a Venezuela, de 3 a 4 mil Mw, como já ocorre com outros países da América do Sul, de acordo com Lobão. Para tanto, terão que ser construídas linhas de transmissão nos dois territórios, ficando cada um com o custo da sua área. "Essa troca de energia não vai envolver despesa mútua e dará mais segurança ao Brasil e ao país vizinho". Já existe linha de transmissão entre a Venezuela e o Norte do Brasil, mas ela não suporta a transmissão de carga adicional, por isso é necessário criar outra estrutura.

O ministro de Minas e Energia assinalou que está afastada a possibilidade de racionamento ou apagão no país. Ele lembrou que, ao assumir a pasta, "aves agourentas" diziam que o Brasil ia ter apagão, porque o ministro não era da área. "No entanto, o que existe hoje é sobra de energia e o país está economizando 10% sobre o potencial que produzia antes do racionamento de 2001".

Lobão revelou que pretendia propor um programa destinado a estimular mais economia de energia no país, mas deixou na gaveta "para ninguém começar a especular que o setor elétrico brasileiro poderia estar passando por dificuldade". O plano decenal de energia, segundo ele, deverá investir R$ 767 bilhões na matriz energética brasileira.

A cada ano esse programa passa por avaliações e alterações de rota. O Brasil produz a energia mais limpa do mundo, lembrou Lobão, ao dizer que, por isso, não aceita críticas de outros países, uma vez que também não é dada prioridade no Brasil à produção dos combustíveis alternativos em detrimento da produção de alimentos.

Também o sistema interligado brasileiro é exemplo para o mundo, assinalou o ministro na reunião do grupo de trabalho sobre energia. Lobão afirmou que "tudo o que se faz hoje no país, na área de energia ou não, conta com a ampla participação da sociedade no processo de decisão, coisa que nunca aconteceu em outros governos".

Lobão também prevê que até o final do ano deverá haver um equilíbrio maior no preço do barril do petróleo, que está demasiadamente baixo, tornando menos lucrativos os negócios da Petrobrás. Os preços dos combustíveis não baixaram junto porque o país hoje produz o equivalente ao que consome e por isso não fica à mercê dos humores do mercado, explicou o ministro. Ele lembrou que, quando o barril do petróleo chegou a US$ 150 (hoje está cotado a cerca de US$ 35), os preços dos combustíveis não aumentaram na mesma proporção. Em relação ao querosene de aviação , no entanto, o ministro reconheceu que o preço já sofreu baixa considerável em conseqüência da queda no preço do barril do petróleo no mercado internacional.

Mesmo sem CPMF, carga fiscal vai a 37,6% do PIB

Fonte: G1

A carga tributária brasileira seguiu crescendo como proporção do Produto Interno Bruto em 2008, apesar da extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A conclusão é da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que todos os anos divulga estudo sobre o tema. Segundo a entidade, somando-se União, Estados e municípios, os governos arrecadaram o equivalente a 37,58% do PIB, mais de um ponto percentual acima do verificado em 2007 (36,48%). Por causa da crise financeira, que já repercute na economia real, não se espera, porém, novo crescimento em 2009, pelo menos não como proporção do PIB.

Em valores nominais, a carga de impostos e contribuições pagos por empresas e pessoas saiu da casa dos bilhões e alcançou a simbólica marca de R$ 1,09 trilhão em 2008. Em 2007, o volume arrecadado foi de R$ 947,55 bilhões. Na esfera federal, os números da CNM indicam que a carga tributária passou de 25,2% para 25,73% do PIB de 2007 para 2008. Nos Estados, a carga subiu de 9,38% para 9,89% do PIB e no nível municipal, de 1,9% para 1,96% do PIB.

A CNM usa critérios diferentes dos da Receita Federal para medir a carga tributária. Uma das principais diferenças é a arrecadação das três esferas de governo com royalties sobre exploração de petróleo e outros recursos naturais. Eles entram na conta da CNM mas ficam de fora da do governo federal.

Lucro do Banco do Brasil mais que dobra no 4o tri

Fonte: Reuters
O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira que o lucro líquido do quarto trimestre do ano passado mais que dobrou, impulsionado pelo maior crescimento da carteira de crédito do grupo desde 2000.

A instituição teve um ganho líquido de 2,944 bilhões de reais nos últimos três meses de 2008, contra resultado positivo de 1,217 bilhão de reais um ano antes. No ano passado como um todo, o lucro somou 8,8 bilhões de reais, um salto de 74 por cento sobre 2007.

Sem efeitos extraordinários, o lucro líquido do banco no quarto trimestre somou 1,63 bilhão de reais ante 1,29 bilhão de reais nos últimos três meses de 2007. Na mesma comparação, o lucro líquido de 2008 fechou em 6,68 bilhões de reais, crescimento de 13,7 por cento sobre 2007.

A carteira de crédito fechou o ano passado em 224,8 bilhões de reais, expansão de 40 por cento sobre 2007 e de 11 por cento sobre o terceiro trimestre.

O crédito à pessoa física disparou 52,5 por cento no ano, para 48,8 bilhões de reais enquanto a expansão de financiamentos a pessoa jurídica teve avanço 48,4 por cento, para 97,19 bilhões de reais.

Por segmento, o maior destaque ficou por conta do aumento da carteira de empréstimos para financiamento de veículos, que disparou de 3 bilhões de reais em 2007 para 6,694 bilhões de reais no final do ano passado.

O aumento da carteira foi acompanhado de um crescimento maior da provisão para dívidas de difícil recuperação, que saltou 51,6 por cento entre 2007 e 2008, para 8,6 bilhões de reais.

No trimestre, o saldo dessa provisão passou de 1,53 bilhão de reais nos últimos três meses de 2007 para 3,89 bilhões de reais entre outubro e dezembro do ano passado.

Mas o índice de lucro sobre patrimônio líquido médio (ROE), importante indicador da rentabilidade de um banco, avançou na comparação anual para 47,4 por cento no quarto trimestre do ano passado ante 22,2 por cento no quarto trimestre do ano anterior. No ano, a taxa evoluiu para 32,5 por cento contra 22,5 por cento em 2007.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Banco Central aprova fusão do Itaú com o Unibanco

Conglomerado terá de optar pela menor tarifa e mantê-la por um ano.
Banco Central avalia que fusão não prejudica concorrência no setor.
Fonte: G1

O Banco Central informou que, em reunião realizada nesta quarta-feira (18), a diretoria colegiada da instituição aprovou a fusão entre o Itaú e Unibanco, ocorrida em novembro do ano passado, processo que criou a maior instituição financeira do Hemisfério Sul.

"O Banco Central concluiu em sua análise que a associação entre os dois conglomerados apresenta características sistemicamente importantes, uma vez que envolve duas instituições de grande porte, com ampla atuação no território nacional e presença em todos os mercados de produtos financeiros no atacado e varejo. Trata-se de iniciativa que contribui para a solidez do sistema financeiro nacional na atual conjuntura do mercado financeiro internacional", informou a instituição.

Tarifas

O BC informou ainda que o novo conglomerado se comprometerá a adotar a menor tarifa praticada por uma das duas instituições vigentes em 2 de janeiro deste ano. "A instituição terá 15 dias para adotar o procedimento que deverá ser mantido por um ano", informou o BC.

Cumprido o prazo inicial de um ano, informou o BC, se houver necessidade de aumento nos valores das tarifas nos cinco anos subseqüentes, esse reajuste só poderá ocorrer naquelas que se encontrarem com valor inferior à média das tarifas cobradas pelos cinco maiores bancos - não podendo superar jamais essa média.

"As pessoas jurídicas do conglomerado também se beneficiarão das menores tarifas praticadas por um dos bancos", informou a autoridade monetária.

Análise do BC

O BC informou que associação foi analisada sob dois aspectos: societário e de concentração no sistema financeiro nacional. Sob o aspecto societário, informou a instituição, concluiu-se que a iniciativa enquadra-se na estratégia de longo prazo de ambas as instituições, na condição de empresas com vasta experiência no sistema financeiro nacional e de projeção internacional.

Concorrência

Sob a ótica da concentração no sistema financeiro nacional, o Banco Central concluiu também que a operação "não acarreta prejuízos à concorrência", a despeito de elevar o poder de mercado do novo conglomerado em alguns mercados relevantes de produtos financeiros.

"Em face dessa nova posição do conglomerado Itaú Unibanco no sistema financeiro nacional e dos ganhos de eficiência gerados pela operação, o Banco Central decidiu vincular a sua aprovação à observância de compromissos de desempenho no sentido de compartilhar tais ganhos com a sociedade. Essa decisão está em linha com metodologia utilizada por agências antitruste no País e no exterior", informou a autoridade monetária.

Serasa: cheques sem fundos crescem 20,5% em janeiro

Fonte: Agência Estado
O volume de cheques devolvidos por falta de fundos em todo o País cresceu 20,5% em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, informou hoje a Serasa. Segundo a empresa de análise de crédito, em janeiro foram devolvidos 22,9 cheques sem fundos para cada um mil compensados, enquanto em janeiro do ano passado voltaram 19 cheques para cada mil.

Na avaliação do assessor econômico da entidade Carlos Henrique de Almeida, o aumento da inadimplência com cheques mostra que o consumidor não foi cauteloso nas compras de Natal e optou por parcelar, não considerando as despesas sazonais de início de ano como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e matrícula escolar. Para ele, a menor oferta de crédito incentivou o brasileiro a privilegiar o parcelamento com cheque pré-datado.

Em janeiro, um total de 2,41 milhões de cheques foram devolvidos por falta de fundos, enquanto 104,98 milhões foram compensados em todo o País. Na comparação com o mês anterior, a inadimplência com cheques aumentou 13,4%. Em dezembro, foram devolvidos 20,2 cheques para cada mil compensados.

Baixa oferta de crédito estimula juros altos, diz associação

Fonte: Agência Brasil
O "grande vilão" do spread alto no país é a baixa oferta de crédito, na avaliação do vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira. O spread é a diferença entre os juros que a instituição financeira paga para ter o dinheiro (basicamente a taxa juros Selic) e a taxa cobrada do cliente na hora do empréstimo. A redução do spread é considerada uma condição para o barateamento do crédito ao tomador final e está sendo estudada pelo governo.

Oliveira argumenta que na economia quando há uma oferta maior, o preço cai, o que também vale para o crédito. “Temos uma baixa oferta de crédito e isso contribui para que os bancos determinem os custos que querem cobrar. Por isso, temos taxa de juros tão alta e o consumidor, refém, não consegue mudar”, afirma.

Ele lembra que a relação entre o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB) e o crédito já foi bem menor – era de 28,1% em dezembro de 2005, por exemplo, e passou para 41,3% ao final de 2008. Entretanto, há países com taxas acima de 100%. “A margem líquida do banco, que é o lucro, tem patamares elevados, por conta da baixa oferta de crédito e da concentração bancária”.

“Tem bancos que estão lá fora que se dão por satisfeitos com uma rentabilidade de 4% ao ano. Aqui a rentabilidade é de 30%, 35% ao ano. Eles chegam aqui e têm espaço para cobrar mais. Lá fora não cobram porque a competição não permite”, afirma.

Para Oliveira, não é necessário esperar a crise financeira internacional passar para adotar medidas para estimular a oferta de crédito no país. “Tem coisas que já poderiam ter sido feitas, como reduzir ainda mais a Selic”, afirmou. O vice-presidente da Anefac lembra que quando a Selic está alta, os bancos optam por investir em títulos públicos, que são remunerados pelos juros básicos e têm retorno seguro. “Até 2005, a grande fonte de renda dos bancos era aplicar em títulos do governo. Com a Selic caindo os bancos não privilegiam o títulos públicos, aplicam em crédito”, enfatiza.

Outra medida sugerida é reduzir ainda mais os depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central) e estabelecer a obrigatoriedade de as instituições financeiras aplicarem em crédito. Depois do agravamento da crise financeira internacional, o Banco Central adotou várias medidas de liberação de compulsórios para ampliar a liquidez (dinheiro disponível) no mercado. “Os compulsórios ainda estão muito acima do que se pratica fora do país. Em países similares ao Brasil como Índia, China Rússia, os compulsórios são entre 3% e 4% sobre o valor da movimentação financeira, os depósitos à vista. No Brasil é de 45%”.

Para Oliveira, o governo também pode exercer pressão sobre os bancos para reduzir os spreads e por conseqüência o custo do empréstimo, por meio das instituições públicas. Com a redução dos juros dos bancos públicos, por conta das concorrência as instituições privadas são levadas a também baixarem os custos dos financiamentos para o tomador.

Oliveira também defende a redução dos impostos cobrados na intermediação financeira (valor cobrado entre a captação e o empréstimo). Segundo ele, o Brasil é o único lugar do mundo em que há cobrança de tributos na intermediação financeira. De acordo com o Banco Central, os impostos representaram, em 2007, pouco mais de 8% do spred bancário.

Após quatro meses de evasão, entrada de dólares já supera US$ 1 bi em fevereiro

Segundo BC, US$ 681 mi ingressaram no país só na última semana.
Por causa da crise, houve saída de dólares entre outubro e janeiro.
Fonte: G1

Após quatro meses de evasão, os dólares voltaram a fluir para a economia brasileira no início deste mês e, na semana passada, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (18) pelo Banco Central, continuaram a ingressar no país.

Na última semana, as entradas de divisas na economia brasileira somaram US$ 681 milhões, o que elevou o ingresso acumulado no mês de fevereiro, até a última sexta-feira (13), para US$ 1,02 bilhão.

Do resultado acumulado de fevereiro, US$ 730 milhões entraram no país por conta das operações da balança comercial brasileira e outros US$ 296 milhões ingressaram pela chamada conta financeira (que contabiliza todas as operações que não estão relacionadas com o comércio exterior, como, por exemplo, aplicações financeiras em bolsa de valores e renda fixa).

Segundo os números do BC, em outubro, novembro, dezembro de 2008, e em janeiro deste ano, houve saída de recursos da economia nos respectivos valores de US$ 4,6 bilhões, US$ 7,1 bilhões, US$ 6,3 bilhões e US$ 3 bilhões.

Apesar da recuperação em fevereiro, o resultado do fluxo cambial do acumulado de 2009 ainda permanece negativo por causa do resultado do primeiro mês do ano. Neste ano, até 13 de fevereiro, ainda há saída de dólares, no valor de US$ 1,99 bilhão. Em igual período de 2008, o fluxo também estava negativo, mas em menor proporção: US$ 1,55 bilhão.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Crédito imobiliário da Caixa cresce 155% em janeiro

Fonte: G1

A Caixa Econômica Federal concedeu em janeiro R$ 1,910 bilhão em crédito imobiliário. O valor é recorde para o mês e representa um crescimento de 155% sobre o mesmo período de 2008. A média diária de contratação nacional ficou em 2.189 contratos, o que corresponde a cerca de R$ 90 milhões ao dia, ante, respectivamente, a média diária de 738 contratos e R$ 34 milhões em janeiro do ano passado.

Para a instituição, o desempenho do financiamento habitacional em janeiro é consequência da decisão da Caixa de manter as condições de prazo e juros dessa modalidade de crédito mesmo com o acirramento da crise externa no ano passado. "A Caixa cumpre seu papel de banco público, alinhado às diretrizes do governo federal, priorizando o atendimento e o desenvolvimento econômico e social da população de baixa renda, visando à redução do déficit habitacional", disse, em nota, o vice-presidente de Governo da instituição, Jorge Hereda.

Os empréstimos com recursos da caderneta de poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE) somaram R$ 1,09 bilhão, o equivalente a 57% do volume contratado no mês passado. Já o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi de R$ 790 milhões, valor 121% superior ao realizado em janeiro de 2008.

O Estado de São Paulo liderou as concessões de crédito imobiliário, com 12.979 contratos que somaram R$ 569,7 milhões. Esses dados representam um crescimento de 220% na quantidade de unidades financiadas e de 185,56% no valor contratado na comparação com os dados de janeiro de 2008. Ao todo, o Estado respondeu por 29,8% dos desembolsos da Caixa em janeiro. Minas Gerais aparece em segundo lugar no volume de contratações, com R$ 216 milhões.

Juros ao consumidor voltam a subir em janeiro, diz pesquisa

Segundo Anefac, taxa média passou de 7,49% para 7,57% ao mês.
Para cartão de crédito e cheque especial, taxas foram mantidas.
Fonte: G1

Após apresentar queda em dezembro, as taxas de juros voltaram a subir em janeiro, aponta pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgada nesta terça-geira (17).

De acordo com o economista coordenador do levantamento, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a alta pode ser atribuída à preocupação das instituições financeiras com a inadimplência. Tanto a taxa média para pessoa física quanto a para pessoa jurídica alcançaram os níveis verificados em novembro do ano passado.

Nível elevado

A taxa média geral de juros para pessoa física passou de 7,49% ao mês em dezembro para 7,57% ao mês em janeiro, o que corresponde a uma elevação de 0,08 ponto porcentual. No caso do cartão de crédito e cheque especial, os juros médios foram mantidos em 10,56% e 7,91%, respectivamente.

Mas no empréstimo pessoal em financeiras e bancos e nas taxas cobradas pelo comércio foi constatada elevação. Os juros médios para quem pegou empréstimo em financeira passaram de 11,52% para 11,74% ao mês. Nos bancos, a taxa média subiu de 5,6% para 5,7%. E no crediário a taxa passou de 6,30% para 6,37%.

Nas operações de crédito para pessoa jurídica, a pesquisa verificou alta de 0,09 ponto porcentual no período, passando de 4,35% para 4,44%. O levantamento apurou elevação para todas as linhas de crédito analisadas - capital de giro, desconto de duplicatas, desconto de cheque e conta garantia.

Sem repasse

O economista ressalta que em janeiro, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa básica de juros foi reduzida em 1 ponto porcentual, passando de 13,75% ao ano para 12,75% ao ano.

Segundo o estudo, considerando todas as quedas e elevações da Selic promovidas pelo Banco Central desde setembro de 2005, houve redução de 7 pontos porcentuais, enquanto no mesmo período as taxas médias de juros para pessoa física e jurídica apresentaram redução de 1,07 ponto porcentual e elevação de 0,19 ponto porcentual, respectivamente.

Fenabrave: vendas crescem 8% na 1ª quinzena do mês

Fonte: Agência Estado

As vendas totais de veículos somaram 182.522 unidades na primeira quinzena de fevereiro, o que representa um crescimento de 8,35% ante o mesmo período de janeiro, segundo dados divulgados hoje pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, as vendas registraram queda de 3,01%.

Considerando somente automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, as vendas cresceram 16,12% na primeira quinzena de fevereiro, ante igual intervalo de janeiro, para 114.167 unidades. Na comparação com igual período do ano passado, as vendas cresceram 6,52%.

Segundo a Fenabrave, o setor comercializou 88.507 automóveis (alta de 11,36% sobre o mesmo intervalo de janeiro e de 4,63% sobre fevereiro de 2008) e 20.751 comerciais leves (com crescimento de 37,70% ante a primeira quinzena de janeiro e de 21,28% ante igual intervalo do ano passado).

As vendas de caminhões somaram 3.890 unidades nos primeiros quinze dias de fevereiro, com alta de 21,33% ante a primeira quinzena de janeiro. Na comparação com igual período do ano passado, o segmento registrou queda de 15,36%. Até 15 de fevereiro foram comercializados 1.019 ônibus, com expansão de 79,09% sobre a primeira quinzena de janeiro e de 15,80% sobre igual intervalo de 2008.

Inflação recua em cinco capitais, mostra FGV

Em Salvador, IPC-S caiu à metade na segunda semana de fevereiro.
Queda também foi significativa em Belo Horizonte.
Fonte: G1
A inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) recuou em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na passagem da primeira para a segunda semana de fevereiro.

Em Salvador e Belo Horizonte, as taxas recuaram à metade da registrada na semana anterior. Na capital baiana, o indicador passou de1,21% para 0,60%. Na cidade mineira, queda foi de 0,41 ponto percentual, de 0,81% para 0,40%.

Os demais recuos foram verificados em Brasília (de 0,95% para 0,55%), Rio de Janeiro (de ,86% para 0,65%) e São Paulo (de 0,66% para 0,50%).

Na ponta contrária, a inflação em Porto Alegre passou de 0,92% para 0,96% - com isso, a capital gaúcha registrou a maior taxa entre as capitais pesquisadas. A inflação no Recife também teve uma alta discreta, passando de 0,83% para 0,84%.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Patrimônio de referência do BNDES cai no 4º trimestre

Fonte: Agência Estado
O patrimônio líquido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), incluindo a subsidiária BNDESPar, era de R$ 25,3 bilhões em 31 de dezembro passado, correspondendo a um patrimônio de referência de R$ 42,5 bilhões, informou hoje o BNDES. O valor é superior ao patrimônio de referência de R$ 41,5 bilhões de um ano antes, mas menor que os R$ 44,1 bilhões registrados em 30 de setembro.

O patrimônio de referência é usado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para estabelecer limites prudenciais de crédito que devem ser seguidos por todas as instituições financeiras e fiscalizados pelo Banco Central. Quanto maior for o patrimônio de referência (PR) do BNDES, maior sua capacidade de conceder crédito.

Um desses limites é o de que um grupo econômico pode receber créditos no valor máximo equivalente a 25% do PR de uma instituição. A única exceção para esse limite, aberta com a crise internacional, é o crédito do BNDES para a Petrobras. O banco estatal garante cerca de R$ 50 bilhões para a companhia de petróleo, se ela precisar.


O índice de adequação de capital (índice de Basileia) registrado pelo sistema BNDES foi de 17,7% no fim do ano passado, considerado pelo banco federal como "uma situação confortável em relação aos 11% (mínimos) exigidos pelo Banco Central".O índice de exposição ao setor público ficou em 17,1%, bem distante do limite máximo de 45% fiscalizado pelo BC.

Os ativos totais do sistema BNDES somaram R$ 277,3 bilhões em 2008, com alta de 36,8% em relação a 2007. Do total, 77,9% correspondem à carteira líquida de financiamentos e repasses. No ano passado, a captação de recursos do Tesouro Nacional, no valor de R$ 22,5 bilhões, e do fundo de investimento em infraestrutura com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), de R$ 7 bilhões, dentre outras, complementaram o orçamento, informou o BNDES.

A instituição também informou que o saldo da provisão para risco de crédito alcançou R$ 4,6 bilhões, equivalentes a 13,9 vezes a carteira de créditos inadimplentes, "mais do que suficiente para cobrir possíveis perdas com créditos inadimplentes".