terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Bancos não repassam toda queda de juros e spread é o maior desde 2003

Em dezembro, taxa de captação dos bancos caiu 1,3 ponto percentual.
Spread bancário sobe 0,5 pp em dezembro e é o maior desde 2003.
Fonte: G1

As instituições financeiras não repassaram, em dezembro, a queda que obtiveram em seu custo de captação e, com isso, subiu ainda mais o nível do "spread" bancário (diferença entre os juros pagos e aqueles cobrados de seus clientes), segundo números divulgados nesta terça-feira (27) o Banco Central.

Em dezembro, a taxa de captação dos bancos, isto é, quanto pagam pelos recursos captados no mercado, caiu de 13,9% ao ano para 12,6% ao ano, ou seja, 1,3 ponto percentual.

No mesmo período, a taxa de juros média das suas operações de crédito menos: 0,8 ponto percentual. Com isso, o spread bancário avançou de 30,1 pontos percentuais, em novembro, para 30,6 pontos percentuais em dezembro - o maior valor desde agosto de 2003 (31,2 pontos percentuais).

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tem reclamado do nível do spread bancário. Segundo ele, não adianta reduzir os juros, como foi feito neste mês, se os bancos não acompanharem este movimento e reduzirem o spread bancário.

Em dezembro do ano passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou redução do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para as operações dos bancos com pessoas físicas. Naquele momento, ele informou que esperava uma queda do spread bancário por conta disso - que não aconteceu, segundo o BC.

Em todo o ano de 2008, ainda segundo dados da autoridade monetária, a taxa de captação dos bancos subiu 1,1 ponto percentual. No mesmo período, o spread bancário quase oito vezes este valor: 8,3 pontos percentuais.

O spread bancário é formado pelo lucro dos bancos, pela cunha fiscal (tributos) e pela taxa de inadimplência, entre outros.

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