terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Dados parciais mostram queda de 3% a 5% na venda de veículos em janeiro

Segundo presidente da Anfavea, dados são de vendas até o dia 25.
Segundo ele, ainda falta contabilizar movimento do fim do mês.
Fonte: G1

O presidente da Associação de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Scheneider, informou nesta terça-feira (27) que, dados parciais do mês de janeiro, contabilizados até o dia 25, mostram queda de 3% a 5% na venda de veículos contra o mesmo mês de 2008, quando 210 mil veículos foram vendidos.

Segundo ele, as vendas deste mês deverão ficar próximas àquelas registradas em dezembro do ano passado -de 196 mil unidades. Scheneider avaliou, porém, que ainda falta contabilizar as vendas a serem realizadas no fim deste mês, quando geralmente cresce o volume de veículos comerciais vendidos.

Redução do IPI

"Em dezembro, a queda do IPI para os veículos [anunciada em conjunto com redução do Imposto de Renda para a classe média] teve pouca repercussão nas vendas. Em janeiro, deve ter um impacto maior. A queda do IPI foi muito boa, mas ainda não chegamos ao ritmo de vendas dos meses de agosto e setembro, em torno de 240 mil carros por mês", disse Scheneider, após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O presidente da Anfavea negou, porém, que tenha tratado com Mantega da prorrogação do IPI reduzido, que, formalmente, vai até o fim de março. "Falamos sobre a conjuntura, fizemos o acompanhamento dos dados do setor e, também, sobre os efeitos da redução do imposto", afirmou.

Acrescentou, entretanto, que a redução do IPI anunciada pelo governo federal impediu, de "maneira contundente", que a redução de vendas registrada em novembro do ano passado se mantivesse nos meses subsequentes.

Empregos

Ao ser questionado sobre a manutenção dos empregos, o presidente da Anfavea informou que isso depende de cada empresa. Ele lembrou que já estão sendo feitas negociações, previstas em lei, para diminuir o ritmo de produção e ajustá-la à crise financeira. "Algumas empresas estão optando pela suspensão do contrato de trabalho, outras pelo banco de horas e algumas pelas férias coletivas", disse.

Estoques

Jackson Scheneider informou ainda que os estoques nos pátios das montadoras e revendedoras, que chegaram ao pico de 300 mil veículos no início de dezembro, já teve uma queda "significativa" em janeiro por conta dos anúncios de férias coletivas.

Ele não soube precisar quantos veículos estariam ainda no estoque. Entretanto, informou que já houve uma queda de 56 dias de estoque para 36 dias, sendo o volume normal entre 26 e 28 dias. "Espero chegar a 28 dias no início de fevereiro, o que não significa que isso vai aumentar o mercado", disse ele.

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