No que depender do Itaú Unibanco, o spread bancário deve continuar alto nos próximos meses, tendo em vista a crise internacional e o aumento das incertezas. Na avaliação de Roberto Setubal, presidente do banco, o prêmio de risco subiu no mundo todo e no Brasil também, inclusive para empresas com alta avaliação.
"Acho que a situação é conjuntural e (o spread) ficará elevado ainda por algum tempo. Quando o crescimento for retomado e o risco diminuir pode haver redução", afirmou o executivo nesta tarde, durante apresentação do balanço do banco.
Na avaliação dele, o spread no Brasil é alto porque a inadimplência aqui também é "a maior do mundo", assim como os compulsórios. Ele reclamou ainda da falta de informações do sistema e do cadastro positivo, que favoreceriam maior segurança na gestão das carteiras de crédito.
Ao mesmo tempo, ele ressalta que o nível de incerteza aumentou muito desde setembro, quando a crise se agravou. Setubal acredita, no entanto, que a situação dos bancos locais é sólida e "bastante melhor" do que a verificada entre os bancos dos EUA e Europa e não vê necessidade de planos de socorro como os que vem sendo estudados lá fora.
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